Vazamento do PIX: Estão trabalhando para mais segurança, segundo Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a minimizar os vazamentos de chaves do Pix e reafirmou que a autoridade monetária trabalha para aumentar a segurança da plataforma. Ele alegou que os vazamentos de dados serão cada vez mais comuns para empresas e organismos governamentais, e argumentou que, justamente por isso, o Pix não utiliza dados sensíveis das contas bancárias para realizar transações.
Presidente do BC fala sobre vazamento do PIX
“A maior parte dos dados usados para transferir recursos no Pix, como números de CPF e de telefones, não são dados sensíveis. Os vazamentos foram pequenos diante da quantidade de participantes no Pix, e atingiram basicamente os nomes e números de telefones dos usuários, que já são praticamente públicos”, repetiu Campos Neto, em palestra virtual no BIS Innovation Summit. “Temos sido muito transparente sobre vazamentos no Pix, divulgamos 100% dessas ocorrências”, completou.
O presidente do BC creditou o sucesso do Pix ao fato da plataforma de pagamentos instantâneos ser gratuita para as pessoas utilizarem e muito barata para as empresas e bancos atuarem. “Hoje já temos quase 70% da população no Pix. Atingimos com o Pix objetivo de haver uma ferramenta competitiva e inclusiva”, afirmou.
Campos Neto fala sobre camadas de verificação do PIX
Ele reconheceu que o sistema poderia ter mais segurança se possuísse mais camadas de verificação, mas ponderou que isso retiraria o componente de instantaneidade da ferramenta. “Poderíamos ter feito Pix mais seguro, mas aí (a transferência de valores) levaria mais tempo”, admitiu.
Campos Neto destacou que o BC preferiu desenvolver uma plataforma própria ao invés de esperar uma solução privada justamente para permitir um sistema aberto e isonômico a todos os participantes do mercado.
“Percebemos que havia uma corrida para construir estruturas verticais de conteúdo, pagamentos e mensagens. Queríamos assegurar que esse processo fosse competitivo e iniciamos um processo de pagamentos que fosse aberto a todas as instituições e colocasse todos os participantes nas mesmas condições”, completou o presidente do BC.
*Com Estadão Conteúdo.