Estatal argentina estuda minerar Bitcoin com gás natural excedente
A YPF Luz, subsidiária da estatal argentina de petróleo YPF, está atualmente pilotando um projeto para alimentar as operações de mineração de bitcoin com gás residual.
A iniciativa, que está sendo testada em Vaca Muerta, um dos maiores campos petrolíferos do país, busca aproveitar esse subproduto desde os estágios iniciais da perfuração de poços de petróleo.
O gás nesses campos de petróleo não pode ser levado para outros locais para ser usado, então a única maneira é trazer os interessados para a zona.
A YPF Luz já possui uma série de clientes que pagam por esse tipo de energia, que está sendo produzida in loco com geradores instalados durante a fase de perfuração do poço.
Martin Mandarano, CEO da YPF Light, disse:
“Este primeiro piloto, que já está em operação, opera com 1 [megawatt] de geração e um segundo projeto está sendo desenvolvido simultaneamente para entrar em operação antes do final do ano, com cerca de 8 MW, na área de Bajo del Toro.”
Mandarano também se referiu ao relacionamento que a empresa tem com esses clientes e como eles pagam por essa energia gerada.
O pagamento varia, e às vezes está atrelado ao preço do ativo minerado nos mercados internacionais, e às vezes o preço é fixado pela empresa.
No entanto, ele não especificou as condições em que uma empresa pagaria de uma forma ou de outra.
Dada a natureza das operações, os equipamentos devem ser deslocados para novos locais quando terminar a perfuração do poço em que o gerador está instalado.
No entanto, isso não é problema, pois o equipamento é projetado para ser portátil e modular para poder ser transportado para outros locais rapidamente.
Mandarano esclareceu que esse novo foco faz parte de uma solução atípica para o problema de energia.
Ele afirmou:
“Estamos levando a demanda para onde está o abastecimento, neste caso em Vaca Muerta, quando normalmente o abastecimento está em outro lugar, a centenas ou milhares de quilômetros de distância, para o qual é preciso construir a transmissão, que é justamente um dos problemas de infraestrutura.”
Outras grandes mineradoras já estabeleceram presença na Argentina, como a Bitfarms, que recentemente iniciou suas operações em uma instalação localizada em Rio Cuarto.
*Com Criptonizando