Exchange Bybit cria fundo de R$ 500 milhões para auxiliar clientes institucionais – ESTOA

Exchange Bybit cria fundo de R$ 500 milhões para auxiliar clientes institucionais


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O colapso da FTX fez as maiores exchanges buscarem formas de dar mais segurança para suas reservas e de seus usuários. Nesse sentido, a Bybit criou um fundo de US$ 100 milhões, ou R$ 530 em valores atuais, para se proteger contra crises.

De acordo com um anúncio feito pela exchange na quinta-feira (23), o fundo tem o objetivo de apoiar clientes institucionais “durante este período desafiador na indústria”. Ou seja, grandes investidores.

A Bybit oferecerá até US$ 10 milhões (10% do valor do fundo) para criadores de mercado existentes e novos em sua plataforma, bem como gerentes de contas. O restante irá para os demais tipos de clientes institucionais que utilizam a empresa.

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Amenizando a crise

Conforme dados do CoinGecko, a Bybit ocupa a 35ª posição entre as exchanges com o maior volume de negócios de acordo. O fundo faz a Bybit juntar-se à Binance na tentativa de reduzir o contágio da crise da FTX no mercado de criptomoedas.

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O mercado de criptomoedas perdeu quase 70% de seu valor em 12 meses, sobretudo após as crises de 2022. A queda da Terra e, posteriormente, a falência da FTX abalaram a confiança dos investidores nas grandes empresas do setor.

No início deste mês, a FTX enfrentou sérios problemas de liquidez que depois revelaram-se parte de uma enorme fraude. Em apenas duas semanas o token FTT entrou em colapso, o fundador Sam Bankman-Fried perdeu 90% de sua fortuna e a exchange entrou com pedido de falência.

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Como resultado, a falência da FTX provocou um efeito dominó em várias outras companhias. Nomes como Genesis e BlockFi bloquearam saques por causa dos problemas de liquidez. Até mesmo o fundo de Bitcoin (BTC) da Grayscale está sob a mira dos investidores.

Busca por alternativas

O caso da FTX envolveu uma série de fraudes e políticas de pouca transparência para o mercado. Por exemplo, a exchange utilizava fundos dos clientes para realizar operações indevidas sem o conhecimento deles.

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Quando a crise chegou, a exchange teve que bloquear os saques para evitar a perda total de liquidez. Ou seja, a FTX não tinha em caixa todos os fundos que devia aos usuários.

Por isso, as maiores plataformas começaram a implementar sistemas de Prova de Reservas (PoR) para dar mais transparência. O CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, foi o primeiro a implementar o sistema após a falência da FTX. Em seguida, a Crypto.com também divulgou seu sistema de PoR.

Recentemente, a Binance levantou US$ 1 bilhão para um fundo de recuperação para comprar criptoativos em dificuldades. A empresa aumentou o valor do fundo para US$ 2 bilhões nesta sexta-feira (24).

“Estamos todos juntos nisso e cabe a todos fazer o que puderem para apoiar nossa indústria. Esta é uma maneira de ajudarmos a retribuir”, disse o CEO e cofundador da Bybit, Ben Zhou.