Futuros de Bitcoin e Ether atingem R$ 1 bilhão em liquidações
Os mercados futuros que rastreiam o preço do Bitcoin (BTC) e da Ether (ETH) acumularam quase US$ 200 milhões em liquidações na quinta-feira (30). Na cotação atual, o valor corresponde a cerca de R$ 1 bilhão.
Com a forte volatilidade e as desvalorizações, os preços romperam níveis importantes, o que liquidou vários contratos. O Bitcoin, por exemplo, caiu abaixo de US$ 20 mil em meio a uma queda mais ampla nos mercados da Europa e da Ásia.
Após ensaiar uma recuperação, a pressão vendedora voltou e o BTC caiu para US$ 18.650 durante a noite. Dessa forma, o preço ficou oscilando próximo dos US$ 19 mil na sexta-feira (1).
De acordo com os dados, a volatilidade aumentou ao passo que os traders realizavam lucros. Portanto, as vendas seguem deitando o tom do mercado.
Nos últimos sete dias, o Bitcoin acumula queda de quase 8%, de acordo com o CoinMarketCap.
Uma liquidação ocorre quando uma bolsa fecha subitamente a posição alavancada de um trader devido a uma perda parcial ou total de margem.
Ou seja, se o trader não consegue adicionar mais recursos e manter sua posição, a bolsa liquida aquele contrato.
Isso normalmente acontece quando o trader não tem fundos suficientes para manter a negociação aberta. Portanto, a bolsa encerra a operação para evitar perdas maiores.
O movimento da quinta-feira fez liquidou mais de US$ 76 milhões em “longs”, ou apostas na valorização do BTC.
Liquidações de ETH
Nos futuros de ETH a situação seguiu um caminho diferente. Ao todo, o mercado liquidou cerca de US$ 100 milhões em futuros, mas a ETH se valorizou mais de US$ 100 em poucas horas.
Com esse movimento, o preço saiu das mínimas de US$ 966 na quinta-feira para cerca de US$ 1.115 da manhã de sexta-feira. As informações são do site de agregados de futuros Coinglass.
Futuros que rastreiam o preço de outras grandes criptomoedas, como Solana (SOL) e Avalanche (AVAX), tiveram pouco mais de US$ 5 milhões em liquidações cada, o que implica que sua ação de preço foi principalmente direcionada ao mercado a vista.
A volatilidade surgiu no início desta semana, com os traders avaliando novos comentários de banqueiros centrais que sinalizaram a continuidade das políticas de aumentos dos juros. Por outro lado, os banqueiros começaram a admitir que erraram seus cálculos sobre a inflação
“Os temores que abalam os mercados financeiros mostram poucos sinais de diminuição. Investidores estão assustados com os sinais de recessões iminentes, enquanto a inflação permanece persistentemente alta, ” disse Susannah Streeter, analista de mercados da Hargreaves Lansdown.
A onda de pessimismo também afetou os mercados tradicionais. Em Wall Street, o índice S&P 500 encerrou o primeiro semestre de 2022 com queda de 20,6%, o pior resultado no período desde 1970.
Já o índice da Nasdaq, cujo maior peso são as empresas de tecnologia, teve um desempenho ainda pior: 33% de queda no semestre. Como resultado, o Nasdaq 100 caminha para registrar o seu pior ano em toda a história do índice.