Haddad embarca ao Japão para comparecer à reunião do G7
O ministro deve chegar na próxima quarta-feira (10)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve embarcar na noite desta segunda-feira (8) ao Japão para comparecer às reuniões do G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo.
Haddad deve chegar ao país na próxima quarta-feira (10), com o início de sua agenda marcado para a próxima quinta-feira (11).
Haddad vai ao G7
O ministro deve desembarcar em Tóquio, capital do país, e iniciar os trabalhos em Niigata no dia seguinte (11). O motivo da visita seria a sua participação como convidado do encontro do G7 dois dias depois, na próxima sexta-feira (12).
Lá, Haddad deve, ainda, se encontrar com os representantes das nações que compõem o grupo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Além de representar o primeiro comparecimento de um ministro da Fazenda brasileiro na reunião, a viagem também possui o objetivo, de acordo com o Ministério, de reforçar a influência brasileira no cenário internacional e promover a discussão de mudanças na economia.
Desde o último mandato de Luiz Inácio Lula da Silva o Brasil não era convidado a comparecer ao evento.
A presença do ministro o torna, ainda, um dos mais ativos internacionalmente. A conexão com membros do grupo de países desenvolvidos e convidados do evento também são indicados como motivos para a ida.
Dentre os participantes da comitiva de Haddad estão o assessor especial para assuntos internacionais e a secretária de assuntos internacionais, ambos do Ministério da Fazenda, respectivamente, Mathias Alencastro e Tatiana Rosito.
O Brasil, no entanto, não foi o único país que não pertence ao G7 a comparecer ao evento como convidado. Nesta edição, a reunião deve contar, também, com a presença de representantes da Índia e da Indonésia.
Assuntos bilaterais
Ainda no Japão, o ministro deve tratar de assuntos bilaterais com os representantes, como a política industrial verde com o economista norte-americano Joseph Stiglitz, e a reforma do Banco Mundial com Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos.
Em um encontro com a ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, Haddad irá alinhar a próxima presidência do G20, que será brasileira, com a atual, da Índia.
A governança rotativa do grupo, que é composto pelas 20 maiores economias do mundo, deve estabelecer o Brasil como líder no dia 1º de dezembro deste ano.
Além disso, o ministro da Fazenda brasileiro também tem uma reunião marcada com o homólogo japonês, Shunichi Suzuki.
Crise da Argentina
Em entrevista coletiva nesta segunda, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, Haddad afirmou que levaria a crise da Argentina à cúpula.
“Nós recebemos o presidente da Argentina dias atrás. O país já vinha enfrentando um problema dramático de falta de divisas, que foi muito agravado pela seca. Isso também será assunto no G7. Eu estou levando essa preocupação”, disse.
O líder da pasta se refere à semana passada, quando o presidente da Argentina, Alberto Fernández, veio ao Brasil se reunir com o presidente Lula para buscar soluções para a economia do país.
Além disso, de acordo com o ministro, o Fundo Monetário Internacional (FMI), também estará presente no evento, e que seria importante para o Brasil “levar os problemas regionais para lá, tentar viabilizar o equacionamento disso, levar preocupações com democracia e paz”.
Retorno
O retorno do líder da pasta da Fazenda está marcado para o próximo sábado (13). Ele deve desembarcar no Brasil na manhã do próximo domingo (14).
Na semana seguinte à vinda de Haddad, é a vez do presidente Lula viajar a Hiroshima, no dia 19 de maio para participar da cúpula, marcando a 6ª viagem internacional do líder do Executivo desde o início de sua posse.