Lula anuncia últimos nomes de ministros; confira a lista
Presidente eleito confirma Tebet em Planejamento e Marina Silva no Meio Ambiente
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (29) os últimos nomes de ministros do novo governo. O pronunciamento conclui a lista de 37 pastas que assumirão a Esplanada dos Ministérios em 1° de janeiro.
Entre os nomes esperados, Lula confirmou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) no Ministério do Planejamento e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) a retornar ao Ministério do Meio Ambiente.
A três dias da posse do governo eleito, o decreto terminou os 37 ministérios prometidos na sede da equipe de transição em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Nomes
Após a posse do presidente eleito em 1° de janeiro de 2023, no próximo domingo, os novos ministros assumirão suas posições.
“Sejam o mais democrata possível na montagem de seu governo. É importante a gente olhar as pessoas que tenham competência e qualificação técnica”, disse Lula em seu pronunciamento.
Veja a lista dos 16 nomes conforme a ordem anunciada:
- Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional – GSI);
- Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação – Secom);
- Carlos Fávaro (Ministério da Agricultura);
- Waldez Góes (Ministério da Integração);
- André de Paula (Ministério da Pesca);
- Carlos Lupi (Ministério da Previdência);
- Jader Filho (Ministério das Cidades);
- Juscelino Filho (Ministério das Comunicações);
- Alexandre Silveira (Ministério de Minas e Energia);
- Paulo Teixeira (Ministério do Desenvolvimento Agrário);
- Ana Moser (Ministério do Esporte);
- Marina Silva (Ministério do Meio Ambiente);
- Simone Tebet (Ministério do Planejamento);
- Daniela do Waguinho (Ministério do Turismo);
- Sonia Guajajara (Ministério dos Povos Originários);
- Renan Filho (Ministério dos Transportes).
Novos nomes no Congresso
Além dos ministros, o presidente eleito confirmou as lideranças do governo no Congresso, com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como líder do novo governo na Casa. O Senado e Câmara dos Deputados serão assumidos, respectivamente, pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) e pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE).
Um dos fundadores do PT, o senador Jaques Wagner foi governador da Bahia de 2007 a 2015, em seguida assumiu o Ministério da Defesa no mesmo ano. Ainda sobre o governo Dilma Rousseff, foi ministro da Casa Civil em 2016.
Já o deputado federal José Guimarães foi um dos coordenadores das campanhas eleitorais de Lula em 1989 e 2002. Líder do partido na Câmara em 2013, é atualmente o vice-presidente nacional do PT.
“A construção do governo continua inclusive depois da posse”, ressaltou o presidente diplomado.
Lula disse, antes de terminar o anúncio, que os novos presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica serão mulheres. Segundo a assessoria do presidente eleito à Folha de S. Paulo, as escolhas serão feitas pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
No início de dezembro, Lula comunicou aos parlamentares petistas que Gleisi continuaria na presidência do partido e, portanto, não assumiria nenhum ministério no novo governo. A decisão sobre as futuras presidentes do BB e da Caixa servirá como uma forma de compensar a petista.
Partidos na Esplanada
Dentre os 37 ministros escolhidos, 11 dos nomes não são filiados ou vinculados a partidos. Após o PT, com dez ministros, o MDB, PSB, União Brasil e PSD têm três ministros cada.
Do MDB, a senadora Simone Tebet (MS) assumirá o Ministério do Planejamento; o presidente do partido do Pará, Jader Filho, foi nomeado como ministro das Cidades; e o senador eleito (AL), Renan Filho, como ministro dos Transportes.
Já do PSB, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, ficou com Portos e Aeroportos; Flávio Dino, ex-governador do Maranhão com Justiça e Segurança Pública; e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Serviços.
A União Brasil estará representada na Esplanada dos Ministérios na Integração e Desenvolvimento Regional, com o atual governador do Amapá Waldez Góes (PDT) – que se tornará filiado à União –; com a deputada federal reeleita (RJ) Daniela Waguinho; e em Comunicações, com o deputado federal (MA) Juscelino Filho.
Os senadores do PSD Carlos Fávaro e Alexandre Silveira vão assumir, respectivamente, Agricultura e Minas e Energia; e o deputado federal André de Paulo (PSD-PE) assumirá o Ministério da Pesca.
“No meu governo não há medo de escolher político. Sou daqueles que acham que fora da política, não encontramos solução para quase nada no planeta”, disse Lula.
A maioria petista é composta nos seguintes ministérios:
- Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo;
- Casa Civil: Rui Costa, ex-governador da Bahia;
- Relações Institucionais: Alexandre Padilha, deputado federal (SP);
- Secretaria-Geral da Presidência: Márcio Macêdo, vice-presidente do PT;
- Educação: Camilo Santana, ex-governador do Ceará;
- Mulheres: Cida Gonçalves, ex-vereadora;
- Desenvolvimento Social: Wellington Dias, senador eleito (CE);
- Trabalho: Luiz Marinho, presidente do diretório estadual do PT em São Paulo;
- Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira, deputado federal (SP);
- Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta, deputado federal (SP).
Já o PSOL, PCdoB, PDT e Rede apresentam, cada, um ministro na Esplanada.
A indigenista e deputada federal do PSOL Sonia Guajajara assumirá o novo Ministério dos Povos Indígenas; Ciência e Tecnologia será da presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos; Previdência Social foi para o presidente do PDT, Carlos Lupi; e a deputada federal eleita (SP) Marina Silva (Rede) retornará ao Meio Ambiente.
Da totalidade, serão 11 mulheres na Esplanada. Somente a futura ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já assumiu um ministério, quando foi titular da pasta de 2003 a 2008. Batendo o recorde da presidente Dilma, a nova lista tem a maior presença de ministras em um governo.