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Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 5,78% após decisão do Copom

A previsão de cortes foi adiada para novembro deste ano

De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC), o mercado financeiro elevou em 0,04 p.p. a projeção para a inflação neste ano.

A elevação ocorreu após a decisão estabelecida pela primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) durante o novo governo.

Inflação

De acordo com o relatório divulgado pelo BC, o mercado elevou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil, de 5,74% para 5,78% — um avanço de 0,04 p.p, ao fim deste ano. Esta é a oitava elevação seguida no medidor.

As projeções para a inflação ao fim do ano de 2024, por sua vez, também sofreram aumentos. Dessa maneira, o mercado espera que o índice atinja 3,93% no ano que vem, uma elevação de 0,03% em comparação à previsão de 3,90% apresentada na edição da última segunda-feira (30) do Boletim Focus. Este é o terceiro avanço seguido.

Previsão para a inflação em 2023 é elevada pela oitava vez seguida/Foto: Reprodução

As instituições consultadas pelo Banco Central, no entanto, mantiveram suas expectativas para o indicador em 2025 e 2026, mantendo-as em 3,50% para ambos os anos.

A alteração das projeções a curto prazo ocorre após o Copom, responsável por moldar a política monetária brasileira, optar por manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 13,75% ao ano.

Demonstrando um período maior de aperto monetário, a decisão também contrariou as expectativas do mercado em geral, que projetava uma redução no indicador.

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As projeções do mercado financeiro permanecem acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 p.p., fazendo com que os limites inferior e superior sejam, respectivamente, de 1,75% e 4,75%.

Juros

Apesar de revisarem para cima as expectativas acerca do indicador oficial da inflação no Brasil, as instituições consultadas semanalmente pelo BC mantiveram as projeções sobre a taxa Selic, esperando que ela chegue ao fim deste ano aos 12,50% ao ano — quantia 1,25% menor do que o estabelecido pelo Copom. A previsão é a mesma há três edições.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Para os anos de 2024 e 2025, no entanto, o mercado elevou suas projeções para os juros básicos da economia em, respectivamente, 0,25 p.p. e 0,50 p.p., para 9,75% e 9%.

A projeção da taxa para o ano de 2026 não foi alterada nesta edição. A previsão de 8,50% da semana passada permanece a mesma na edição desta semana.

A primeira redução da taxa utilizada pelo Banco Central para combater o aumento da inflação foi, desta forma, adiada de setembro para novembro deste ano. 

Isso pois, após divulgar a decisão sobre o direcionamento da Selic, o BC afirmou que os juros devem permanecer no patamar atual por um período mais longínquo do que o cenário de referência.

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Outros indicadores da economia

Além dos índices ligados à inflação do Brasil, projeções de outros medidores que compõem a economia do país também foram divulgadas. Os resultados se mantiveram, na maior parte dos casos, o mesmo resultado da última edição.

Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o mercado financeiro reduziu suas expectativas em 0,01 p.p., de 0,80% para 0,79%.

As projeções para os próximos três anos, por sua vez, se mantiveram as mesmas: crescimento de 1,50% no ano que vem; 1,89% em 2025; e 2,00% em 2026. O resultado para o último ano pesquisado pelo BC permanece inalterado há 47 semanas.

Em relação ao câmbio, que indica a cotação do real frente ao dólar, as previsões permanecem sem alterações: R$ 5,25 em 2023; e R$ 5,30 durante os anos de 2024, 2025 e 2026.