Ações da BRF (BRFS3) operam em baixa após empresa formalizar joint venture com a HPDC – ESTOA

Ações da BRF (BRFS3) operam em baixa após empresa formalizar joint venture com a HPDC

A parceria havia sido anunciada em outubro do ano passado


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Nesta quarta-feira (2), a empresa BRF (BRFS3), divulgou que formalizou a criação de uma joint venture com uma subsidiária do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, a Halal Products Development Company (HPDC).

Com o anúncio da parceria, as ações da BRF tiveram queda na Bolsa de Valores Brasileira (B3), às 14:39 (horário de Brasília) os papéis da companhia caíram 0,51%, a R$ 9,72. 


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Joint Venture 

A parceria entre a BRF e a HPDC havia sido constituída em outubro de 2022, com participação de 70% da empresa e de 30% da HPDC: “O anúncio da JV ressalta o esforço da BRF para passar de uma função puramente exportadora para um fornecedor local de produtos de carne no país”. 

A Arábia Saudita totalizou 564.476 toneladas anual de produtos brasileiros de frango entre 2002 e 2022. De acordo com os dados divulgados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, ano passado os dados foram menores, com menos de 340 mil toneladas, portanto, ficando em quarto lugar entre os principais países que recebem frango do Brasil. 

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A BRF destaca que o objetivo principal em gerar uma joint venture é encontrar uma maneira de desenvolver a indústria de carnes halal na região/Foto: Reprodução

A BRF destaca que o objetivo principal em gerar uma joint venture é encontrar uma maneira de desenvolver a indústria de carnes halal na região, seguindo o acordo de exigências alimentares muçulmanos. 

Esta seria a criação de uma indústria halal na Arábia Saudita por meio de inovação, no qual a constituição do acordo aponta como uma Sede para Negócios Halal, um Centro de Inovação de Alimentos Halal e um Centro de Excelência.

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Segundo a BRF, parte da joint venture deverá estabelecer uma: “Sede de Negócios Halal, um Centro de Inovação em Alimentos Halal e um Centro de Excelência”, o local ainda não foi divulgado pela companhia, assim como a quantidade que deve ser investida no empreendimento. 

O presidente do Conselho da companhia, Marcos Molina, disse em nota que: “A consolidação da joint venture representa um passo muito importante e estratégico para a atuação global da BRF em um mercado de extrema relevância para a Companhia. A empresa segue consistente no desenvolvimento da região e da indústria de alimentos Halal como um todo”.

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A BRF vende produtos no Oriente Médio há mais de 50 anos/Foto: Reprodução

BRF no Oriente Médio

A BRF vende produtos no Oriente Médio há mais de 50 anos, no entanto, foi em 2009 que a companhia montou uma rede própria de distribuição na Arabia Saudita. Há três anos a empresa adquiriu uma unidade de processamento de alimentos no país. 

A Sadia passou a ser a marca mais consumida pelo país na categoria de frangos, assim como também como a marca mais escolhida da região com 38% de share entre os consumidores do mercado halal, com o Brasil sendo um dos principais exportadores globais do alimento. 

Em 2002, o mercado de halal registrou cerca de R$ 10,76 bilhões em receitas para a BRF, um avanço de 23%. A operação também ficou 18% mais rentável, com o lucro líquido chegando a R$ 2,11 bilhões.

Já a formalização da joint venture deve ocorrer alguns dias após a SALIC, que é uma subsidiária integral da PIF, obter participação de 10,7% na BRF por meio de uma oferta de ações subsequentes, para que assim seja possível garantir a segurança alimentar do país, como parte de uma objetivo a longo prazo da Arábia Saudita.