Ações da Cielo (CIEL3) desabam com balanço do 2T23 – ESTOA

Ações da Cielo (CIEL3) desabam com balanço do 2T23

Os ativos lideraram as perdas durante a manhã desta quarta-feira (2)


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Durante o pregão desta quarta-feira (2), as ações da Cielo (CIEL3) acumularam quedas diante da publicação do balanço trimestral da empresa, contendo seus resultados para os meses de abril a junho.

Os números já eram esperados pelo mercado financeiro, e foram classificados como “fracos”. A desvalorização dos papéis ordinários puxaram o desempenho negativo do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3.

Balanço trimestral da Cielo

De acordo com o documento publicado pela Cielo logo após o pregão da última terça-feira (1), a companhia somou um lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões, quantia 27% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

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Se comparado ao valor atingido no primeiro trimestre deste ano, R$ 440,8 milhões, a quantia mostra uma expansão de 10,2%.

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O valor é, de acordo com a empresa, o maior desde o quarto trimestre de 2018, quando o lucro líquido recorrente foi de R$ 709 milhões. Este é, ainda, o oitavo trimestre seguido em que o medidor registra alta.

Além disso, durante o período, a empresa registrou um Ebitda (Lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,045 bilhão, o que representa um crescimento de 14,3% ante 2T22.

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A Receita Operacional Líquida também foi um fator que registrou aumento. Assim, os R$ 2,642 bilhões do 2T23 indicam um crescimento de 4% na base anual (R$ 2,540 bi) e de 2,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2,569 bi).

Mesmo sendo positivos, o mercado considerou os números fracos. Para o Citi, o volume de pagamentos processados (TPV) abaixo do consenso fez com que o lucro líquido ficasse 6% abaixo das projeções dos analistas.

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Ações da empresa caem durante o pregão desta quarta (2)/Foto: Paulo Fridman/Bloomberg

O indicador atingiu, no segundo trimestre deste ano, um total de R$ 195,8 milhões, uma queda de 11,4% ante os R$ 221,028 milhões dos primeiros três meses de 2023, e de 3,6% em comparação aos R$ 201,032 milhões do mesmo período do ano passado.

“Embora os investidores já esperassem volumes mais fracos, acreditamos que os números divulgados devem gerar uma reação negativa”, disseram os analistas.

O Itaú BBA, por sua vez, enxerga resultados mistos para o período. A queda de TPV e o aumento de despesas foram citados pelos analistas.

As Despesas Operacionais Normalizadas da empresa atingiram R$ 385,5 milhões no segundo trimestre do ano, alta de 13,3% ante os R$ 340,5 milhões do mesmo período do ano passado. A quantia mostra, ainda, um crescimento de 11,4% em comparação aos R$ 346,2 milhões do trimestre imediatamente anterior.

“O Yield aumentou menos do que o esperado e pode ter atingido o pico no segundo trimestre. Cateno também apresentou volumes menores, compensados pelas margens. Entendemos que hoje o nome está bem precificado a 7,5 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2024, sem catalisadores de curto prazo”, disseram.


Juros sobre Capital Próprio

A Cielo também aprovou uma distribuição de lucros através de repasse de Juros sobre Capital Próprio (JCP). O total a ser pago é de R$ 196,9 milhões.

O valor estimado por ação, de acordo com o documento publicado ontem pela companhia, é de R$ 0,07308006113. A data de pagamento é no dia 22 de agosto deste ano, com base na posição acionária de 8 deste mês.

Ações despencam

Diante da publicação dos dados, as ações ordinárias da Cielo (CIEL3) despencaram no pregão desta quarta-feira (2), pressionando a queda do Ibovespa. Até o momento de redação desta matéria, os papéis lideram com folga as quedas dos componentes do índice.

Os ativos somaram por volta das 15:10 horas (horário de Brasília) uma queda de 8,09%, aos R$ 4,32. A mínima do dia foi atingida às 15 horas, quando as ações eram negociadas a R$ 4,29.

Com isso, o principal índice da B3 acumula quedas durante o dia de hoje. Também às 15:10 (de Brasília), o medidor caiu 0,61%, aos 120,5 mil pontos.