Ações do Banco do Brasil (BBAS3) e da Petrobras (PETR4) caem uma semana antes do segundo turno das eleições – ESTOA

Ações do Banco do Brasil (BBAS3) e da Petrobras (PETR4) caem uma semana antes do segundo turno das eleições

Os ativos do Banco do Brasil e as ações da Petrobras caem, após uma semana de disparada no mercado financeiro


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Os ativos da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3) caíram em 7%, nesta segunda-feira (24). A PETR4 está em 7,85% e o BBAS3 em 8,15%. Na semana passada os ativos das estatais, estavam em alta no mercado financeiro. A Petrobras apresentava 12% de alta na PETR3 e PETR4, já o Banco do Brasil havia crescido em 14%.

A disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os pontos negativos em suas respectivas campanhas eleitorais, contribuem para a queda dos ativos da Petrobras e do Banco do Brasil, trazendo riscos às duas instituições no mercado financeiro.

A influência das campanhas eleitorais nos ativos da Petrobras e do Banco do Brasil 

Algumas pesquisas de mercado apresentaram dados positivos de que o ex-presidente Lula ganharia do atual presidente Bolsonaro, no primeiro turno, no dia 02 de outubro. Entretanto, Lula venceu com uma diferença mínima de Bolsonaro, fazendo com que os dois disputem, no próximo domingo (30), o segundo turno. 

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Quando os votos foram apurados, confirmando o segundo turno das eleições, as ações estatais do Brasil foram afetadas, como a Petrobras e o Banco do Brasil. 

Quanto mais Bolsonaro avança nas pesquisas, mostrando pontos positivos a sua reeleição, ocorre uma comoção muito grande no mercado financeiro. O Estado fica cada vez menos presente na economia do país, deixando com que a privatização ganhe popularidade, isso porque o Congresso tornou-se mais centro-direita, o que segundo pesquisas, pode desfavorecer as ações dessas empresas.

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A Petrobras 

O estrategista da RB Investimento, Gustavo Cruz disse que, a baixa nos ativos da Petrobras, não tem relação com o atual cenário eleitoral, já que o Petroleum (RRRP3) e PRIO (PRIO3) têm baixas menos significativas, de cerca de 2% e 1%, no mesmo horário em que os ativos da empresa de petróleo caíram. 

Logo Petrobras/Foto: EBC Imagens

Algumas semanas atrás, o Credit Suisse rebaixou a recomendação da Petrobras, para os recibos de ações ou ativos negociados na bolsa de valores de Nova Iorque, os ADRs. Dizendo que os ativos da empresa de petróleo estavam neutros, porém se destacando a volatilidade eleitoral.

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Avaliações sobre a queda das ações e ativos da Petrobras

Analistas dizem que. “Certamente, os fundamentos fornecem bases sólidas para o atual preço das ações – ou valuations ainda mais altos. No entanto, após o forte desempenho das ações, pensamos que a assimetria de curto prazo levando em conta a eleição não é mais favorável. Assim, rebaixamos o papel, pois preferimos reduzir a exposição e esperar a etapa final da volatilidade eleitoral”

O Banco do Brasil 

Em relação ao Banco do Brasil, Gustavo Cruz disse. “Há um paralelo maior com o desempenho do Banco do Brasil, com os investidores vendo uma disputa acirrada e probabilidade um pouco maior de Lula vencendo. A semana promete ser agitada, sendo a última antes das eleições. Assim, é melhor ficar na defensiva, uma vez que o cenário está acirrado”

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Logo Petrobras/Foto: EBC Images

A campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro

Uma semana antes do segundo turno das eleições, as autoridades brasileiras dão início a uma investigação sobre a prisão de Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro. Portanto, essa investigação afeta a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, que afeta as estatais brasileiras. 

O sócio e head de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino aponta. “Os fatos de ontem, do Roberto Jefferson trazem a percepção de que o segundo turno pode ser muito volátil”. 

Enrico Cozzolino disse que, mesmo com o caso da prisão de Roberto Jefferson afetando a campanha de Bolsonaro, com o cenário político interferindo na política de preços e na gerência das empresas estatais. O mercado financeiro acaba antecipando-se, deste modo não tem relação direta entre a política e as ações estatais, mas sim a volatilidade.