Ações do Itaú (ITUB4) sobem após resultado do 2T23
Empresa registra lucro líquido de R$ 8,742 bilhões
Nesta terça-feira (8), as ações do Itaú (ITUB4) subiram na Bolsa de Valores (B3), após a divulgação do resultado do balanço do segundo trimestre de 2023.
Os papéis do banco operavam em uma alta de 0,51%, no total de R$ 27,80 às 14: 44 (horário de Brasília).
Balanço 2T23
O Itaú registrou um lucro recorrente gerencial de R$ 8,742 bilhões no segundo trimestre de 2023, com um aumento de 13,84% na comparação anual. Ante o primeiro trimestre de 2023, a empresa teve um crescimento de 3,63%.
O lucro líquido consolidado da empresa foi de R$ 8,9 bilhões. Já o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ficou em 20,9%, com um aumento em relação ao 1T23 de 20,7%.
A margem financeira gerencial ficou em R$ 25,997 bilhões, uma alta anual de 14,8%, e avanço de 5,3% em comparação com o primeiro trimestre, enquanto a margem financeira com os clientes somou R$ 24,927 bilhões, 3,7% maior que no 1T23.
Neste segundo trimestre, os resultados da instituição financeira totalizaram cerca de R$ 9,44 bilhões, de 3,9% em relação ao primeiro trimestre e de 25,3% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O Itaú disse que: “O aumento do custo do crédito no trimestre ocorreu principalmente em função da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de atacado no Brasil, devido à normalização do fluxo de provisionamento neste segmento”.
“A maior despesa de PDD no atacado no Brasil foi parcialmente compensada por maiores receitas com recuperação de prejuízo no trimestre”, destaca o banco.
A instituição financeira disse que houve venda de carteiras que estavam em prejuízo neste 2T23, no total de R$ 2,4 bilhões, gerando um impacto positivo de R$ 100 milhões na recuperação de crédito, assim como no resultado recorrente gerencial, que foi de R$ 55 milhões.
Já o índice de empréstimos com mais de 90 dias de atraso foi de 3%, enquanto o indicador de pessoas físicas no Brasil se manteve em 4,9%. O Índice de cobertura também ficou estável, com 4,9%.
Sobre a carteira de crédito do Itaú, o resultado teve um aumento de 6,2%, a R$ 1,15 trilhão. O banco disse: “Excluindo o efeito da variação cambial do período, teríamos um crescimento de 1,3%”.
A instituição aponta que, no Brasil, a carteira de crédito avançou 1,2%, devido ao crescimento mais moderado em pessoas físicas e das grandes empresas, o que resultou em uma movimentação da gestão estratégica de riscos do banco.
Já as despesas operacionais do Itaú cresceram 7,3%, no total de R$ 16,699 bilhões, neste 2T23.
O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, disse em nota à imprensa que: “Iniciamos a segunda metade do ano otimistas com as perspectivas para o futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no país”.
No entanto, a receita de prestação de serviços neste 2T23 somou R$ 10,363 bilhões. Desta forma, 1,3% menor que o resultado do mesmo trimestre do ano passado, enquanto a operação de seguros aumentou 16,8%, na mesma base de comparação, para R$ 2,467 bilhões.
O banco disse que: “Houve aumento do faturamento de adquirência em cartões, parcialmente compensado por menores receitas de emissão. Além disso, as receitas com bancos de investimento cresceram por maiores volumes no período e houve alta do resultado de seguros por aumento de prêmios ganhos”.
Opinião dos analistas
As ações do Itaú operavam em alta na B3 após os resultados do 2T23, com os analistas recomendando a compra de ações da instituição.
O Goldman Sachs disse que os relatórios e as receitas com tarifas, apesar de um resultado positivo, ainda ficaram abaixo das estimativas do mercado: “No geral, achamos que as tendências foram majoritariamente positivas, enquanto o Itaú continua a mostrar melhor qualidade de ativos do que os concorrentes, combinado com maior crescimento das receitas”.
Já a XP, destaca que os resultados seguem uma dinâmica semelhante à dos últimos resultados, portanto, apontando que mantém suas recomendações para a compra das ações do banco.