Amazon (AMZO34) anuncia corte de cerca de 9 mil funcionários em sua segunda rodada de demissões
A Big Tech liderada por Andy Jassy concentrou os desligamentos em cerca de quatro áreas
Nesta segunda-feira (20), o CEO da Big Tech Amazon (AMZO34), Andy Jassy, anunciou sua segunda rodada de demissões em massa, pretendendo desligar cerca de 9 mil funcionários.
O anúncio foi feito em uma mensagem da empresa para sua base de colaboradores publicada no canal de atualizações institucionais da companhia.
Plano de demissão
Além de informar o time de colaboradores da Big Tech sobre o plano de desligar cerca de 9 mil funcionários, Jassy também confirmou que os cortes atingirão áreas específicas da Amazon.
De acordo com o CEO, os setores atingidos serão o de AWS (Amazon Web Services); o chamado PXT (People Experience and Technology Solutions), que cuida da experiência dos consumidores e soluções de tecnologia; Twitch; e Propaganda.
No comunicado, o executivo afirma que esta é foi uma “decisão difícil, mas a melhor na nossa visão para a empresa a longo prazo”.
Esta, no entanto, representa a segunda onda de demissões da Amazon, que, no mês de novembro do ano passado, afirmou que planejava o corte de cerca de 10 mil colaboradores.
O processo foi estendido até o início deste ano. Em janeiro de 2023, ainda, a companhia confirmou que cerca de 18 mil posições seriam eliminadas como parte de um plano de reestruturação de gastos da Big Tech.
Citando o cenário incerto da “economia em que nós nos encontramos, e a incerteza que existe sobre um futuro próximo, decidimos ser mais responsáveis com nossos custos e número de colaboradores”. Os cortes devem ser realizados a partir das próximas semanas.
A medida representa, para o líder da companhia, o resultado de uma série de análises realizadas pelos líderes de cada setor com seus times, priorizando “o que mais importa para os consumidores e a saúde do negócio a longo prazo”.
Para Jassy, esta indicaria, também, a resposta para os questionamentos sobre a razão do anúncio ter sido feito após a divulgação do plano inicial de demissões há alguns meses.
“A resposta curta é a de que nem todos os times haviam finalizado suas análises na época; e ao invés de “correr” com as avaliações sem a diligência apropriada, escolhemos por compartilhar essas decisões assim que as tomamos para que as pessoas tenham acesso à informação o quanto antes”, disse no comunicado.
Além das recorrentes demissões, outras estratégias adotadas pela Amazon para conter as consequências do cenário macroeconômico foram o congelamento de novas contratações, o corte de projetos experimentais e a desaceleração de sua expansão.
Uma parte dos times, no entanto, ainda não enviou o veredito final à Amazon sobre o direcionamento dos cortes. Jassy afirma que elas devem estar completas entre a metade e o fim do mês de abril.
Assim que isto estiver feito, o executivo afirma que os colaboradores impactados serão devidamente informados. A Big Tech deve, ainda, fornecer um pacote que inclui pagamento rescisório, a extensão do plano de saúde oferecido e suporte para recolocação profissional.
A Amazon, no entanto, não foi a única empresa a adicionar cortes em massa adicionais. Na semana passada, a Meta, liderada pelo bilionário Mark Zuckerberg, divulgou o plano de demitir 10 mil funcionários.
A quantidade de colaboradores demitidos se aproxima do total de demissões realizado pela companhia em 2022.
Ações
Após o anúncio de um segundo plano de demissões em massa, as BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Amazon (AMZO34) despencaram durante o pregão desta segunda-feira (20).
Os ativos somaram às 15:15 (horário de Brasília) uma queda de 3,36%, atingindo os R$ 25,33. Desde o início do ano, os papéis da Big Tech acumulam, no entanto, uma alta de 11,32%.