Amazon (AMZO34) anuncia maior corte da história, com demissão de 18 mil funcionários – ESTOA

Amazon (AMZO34) anuncia maior corte da história, com demissão de 18 mil funcionários

Este é o maior corte de empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos e também da história da empresa


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O presidente-executivo da Amazon (AMZO34), Andy Jassy, anunciou na última quarta-feira (04), através de um comunicado, que a companhia planeja demitir mais de 18 mil funcionários como parte de uma redução da força de trabalho. Os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro da demissão.

“Entre as reduções que efetuamos em novembro e as que compartilhamos hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18.000 postos”, declarou o CEO do grupo americano, em anúncio enviado aos funcionários.

A empresa de tecnologia que emprega mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo, não anunciou em que país as demissões devem acontecer, mas informou que incluiriam a Europa. 

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Amazon terá maior corte da história da empresa

Seguido pelo último anúncio de demissões em massa da big tech que ocorreu em novembro de 2022, este é o maior corte empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos. É também o plano mais severo da história da empresa com sede em Seattle.

Jassy informou que a diretoria da empresa estava “profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente”. 

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“Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer a eles pacotes que incluem indenização, seguro de saúde temporário e ajuda externa para encontrar trabalho”, acrescentou.


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Segundo Jessy, o anúncio repentino se deu porque um integrante da equipe vazou essa informação externamente. Contudo, ele afirma que “a Amazon resistiu à situação econômica incerta e difícil no passado e continuaremos a fazê-lo”.

De acordo com o site de rastreamento Layoffs.fyi, as empresas de tecnologia demitiram mais de 150 mil empregados em 2022, uma vez que o boom de demanda visto durante a pandemia se transformou em colapso.

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Analistas indicam que os cortes massivos no setor podem se entender ainda mais, à medida que as empresas buscam alternativas para reduzir custos.  

“Mais demissões certamente são possíveis, dada a escala de investimento que vimos em 2020-21, provavelmente pensaríamos que algum grau de cautela pode ser apropriado”, disse Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.

Empresas de tecnologia sofrem consequências de contratações excessivas durante a pandemia/Foto: Reprodução/Shutterstock

Big techs sofrem consequências da pandemia 

Após a pandemia, os cortes de empregos em 2022 aumentaram 649% em relação a 2021, liderados por empresas de tecnologia. A queda na demanda em meio a um forte aumento nos custos de empréstimos levou vários executivos do setor a admitir que contratam excessivamente durante a crise de Covid-19.

Em meio a pandemia, a Amazon realizou grandes contratações para atender a demanda, dobrando sua equipe global entre 2020 e 2022. No terceiro trimestre, porém, seu lucro caiu 9% ano a ano.

Outras grandes plataformas que também tiveram cortes orçamentários foram Meta, que demitiu 11 mil pessoas no ano passado; Twitter que, ao ser comprado em outubro pelo bilionário Elon Musk, demitiu metade de seus 7.500 funcionários; enquanto o Snapchat cortou aproximadamente 1.200 pessoas, o que corresponde aproximadamente 20% da sua capacidade.


O chefe principal da Salesforce, Marc Benioff, disse nesta quarta-feira que a empresa de software empresarial contratou “pessoas demais”, ao anunciar planos de cortar 10% dos empregos.

Ray Wang, da consultoria Constellation Research, do Vale do Silício, declarou à BBC que “antes da pandemia, as empresas de tecnologia costumavam cortar apenas de 1% a 3% da base de sua força de trabalho”.

Unidade de nuvem garante maior lucro da Amazon

Para a Amazon, o crescimento na sua unidade de nuvem é responsável pela maior parte do seu lucro. Ela desacelerou à medida em que as empresas cortam gastos, enquanto sua unidade de comércio eletrônico está sofrendo com os orçamentos apertados do consumidor devido ao aumento dos preços.

A crise trouxe de volta memórias da bolha ‘pontocom’ no início do século e da crise financeira de 2008, quando dezenas de milhares de pessoas perderam empregos.

“Alguns de nós se lembrarão de 2000 a 2003 depois de uma enorme bolha alimentada por dinheiro barato, altas expectativas dos investidores e dinheiro abundante”, disse Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.