Americanas (AMER3) nega que houve proposta de aporte de R$ 10 bilhões por parte do trio de acionistas – ESTOA

Americanas (AMER3) nega que houve proposta de aporte de R$ 10 bilhões por parte do trio de acionistas

“Até o momento, não há proposta de aporte no valor de R$ 10 bilhões”, declarou a varejista; Bradesco tem processo extinguido contra Americanas e Americanas tem pedido negado pelo STF


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A Americanas (AMER3) negou nesta sexta-feira (03), a informação que repercutiu na imprensa ontem de que os empresários e acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira teriam aumentado o aporte financeiro da varejista para R$ 10 bilhões. 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a empresa sobre a reportagem do Valor Econômico na qual afirma que “a Americanas agora sinaliza aporte de R$ 10 bilhões” e que “credores devem abrir conversas”.

Em comunicado, a Americanas afirmou que “Até o momento, não há proposta de aporte no valor de R$ 10 bilhões, seja por parte da companhia ou de seus acionistas de referência, tal como consta da mencionada reportagem”.

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Lemann e sócios devem abrir a carteira e aportar R$ 10 bi na Americanas?

De acordo com informações divulgadas na última quinta (2) pelo Valor Econômico, os acionistas majoritários poderiam aumentar o aporte financeiro na Americanas para R$ 10 bilhões. Com esse montante, os bancos poderiam aceitar abrir espaço para negociações.


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Segundo informações do jornal, os bancos credores começaram a enviar sinalizações para uma retomada efetiva das negociações. No mês passado, um representante do trio sugeriu uma capitalização de R$ 7 bilhões, sendo visto como algo “péssimo e frustrante” pelas instituições financeiras.

Fontes da reportagem realizada afirmam que, nos últimos dias, houveram indicações de que essa proposta anterior receberia um plus de mais R$ 1,5 bilhão, chegando na faixa de R$ 8,5 bilhões. Porém, na tarde de ontem, os credores foram informados de que o aporte pode ir para R$ 10 bilhões.

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Inicialmente, os bancos alegavam que o aporte mínimo deveria ser de R$ 15 bilhões. Contudo, nas últimas semanas, esse valor caiu para R$ 13 bilhões e, agora, R$ 10 bilhões é tido como um ponto de partida aceitável para iniciar efetivamente as negociações.

Uma nova reunião conjunta com os credores da varejista ainda não foi marcada, mas, segundo interlocutores, o Rothschild&Co, que assessora a empresa durante o processo de recuperação judicial, tem tido conversas individuais com cada banco e têm ocorrido “avanços”.

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Bradesco tem processo extinguido contra Americanas, e Americanas tem pedido negado pelo STJ./ Imagem: Reprodução

Juiz extingue processo de Bradesco contra venda de bens da Americanas

O juiz Fernando José Cúnico, da 40ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou extinto na última quinta-feira (02), o processo em que o Bradesco movia contra a alienação de bens dos integrantes do conselho de administração da Americanas.  

O juiz entendeu que não houve “suficiente demonstração de elementos de prova acerca da relação jurídica apta a justificar a medida pleiteada”.

O magistrado alegou que não ficou demonstrado “legítimo interesse” no pedido do banco, que tentava impedir que os conselheiros vendessem os próprios bens. 

Cúnico afirma que o Bradesco alegou possuir relação comercial com a Americanas e não com os acionistas e titulares do conselho de administração. “Nesse sentido, eventual medida direcionada aos réus demandaria a demonstração de vínculo direto com os requeridos e não indiretamente como no caso em questão”, frisou o magistrado. 

STJ nega pedido da Americanas para concentrar ações no Rio de Janeiro

O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não reconheceu o conflito de competências alegado pela Americanas, como motivo para concentrar todas as ações do caso no Rio de Janeiro, onde tramita a recuperação judicial da varejista.


O pedido para que o conflito fosse reconhecido foi apresentado em 1º de março, em nome da varejista, representada por alguns dos mais importantes escritórios de advocacia do país. A lista conta com Zanin Martins Advogados, Basílio Advogados, Salomão Advogados, além de Brito e Chaves Advogados.

Na solicitação em questão, os advogados da Americanas argumentaram que o processo de recuperação judicial corre perante a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. 

“Desde então, foram ajuizadas diversas ações de produção antecipada de prova perante o Tribunal de Justiça de São Paulo. Todas essas demandas foram propostas por instituições financeiras”. No caso Bradesco, Safra, Santander e Itaú Unibanco, credores da varejista.