Ata do Copom, Galípolo no BC e o que mais movimenta o mercado nesta terça-feira
Nesta manhã, os olhares do mercado estarão voltados principalmente para a ata do Copom, que foi divulgada pelo Banco Central às 8h. O documento referente à última reunião do Comitê de Política Monetária trouxe comentários sobre o novo arcabouço fiscal que foi anunciado no final de março.
De acordo com a ata, a aprovação da proposta no Congresso, pode fazer com que os índices inflacionários passem por uma redução num futuro próximo, diminuindo cada vez mais as pressões sobre os preços. Ainda na visão do Comitê, a nova âncora também fez com que as incertezas sobre o endividamento caíssem.
O Copom, no entanto, ainda prega cautela para os próximos meses. Segundo a ata, mesmo com os índices de inflação mais baixos, o sentimento de preocupação permanece, visto que o IPCA tem caído principalmente por causa da desoneração dos combustíveis no ano passado.
2. Reações à Galípolo no BC
Após quatro meses de mandato onde acumulou uma série de atritos com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderá contar com um nome importante na diretoria do BC, agora que Gabriel Galípolo foi indicado para a diretoria de Política Monetária.
Desde o início do ano, o economista era o braço direito de Fernando Haddad, no Ministério da Fazenda, e a escolha de Galípolo para assumir um cargo no BC dará ao governo um nome de confiança dentro da instituição, em um momento em que Lula deixa claro o seu desejo de que os juros sejam reduzidos pelo Banco Central.
A indicação foi recebida de forma dividida pelo mercado, que acredita no perfil técnico do economista, porém pensam que o nome é apenas mais um sinal de interferência política na instituição.
3. Após recordes, China vê balança desacelerar
Depois de pegar o mercado de surpresa com os dados de março, que indicavam para um crescimento de 14,8% nas exportações, os novos números da balança comercial chinesa em abril apontaram para uma desaceleração, com as exportações mantendo a alta, no entanto, somente em 8,5%, para um total de US$ 295,4 bilhões.
O destaque negativo, no entanto, ficou com as importações, que caíram 7,9% no mês de abril, num total de US$ 205,2 bilhões, muito além do crescimento de 1,4% no mês anterior. Mesmo com a clara perda de ritmo, a balança comercial da China fechou com um superávit de US$ 90,2 bilhões, acima dos US$ 71,6 bilhões projetados.
4. Bolsas internacionais abrem em queda às véspera de inflação nos EUA
Após os reflexos da Super Quarta na última semana, as bolsas internacionais se preparam agora para os dados de inflação nos Estados Unidos. A nova leitura do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgada nesta quarta, e o desempenho das principais bolsas tem sido de queda.
Nas primeiras horas do dia, os índices futuros norte-americanos recuavam fortemente, depois de terem passado por uma segunda-feira positiva. Os novos dados servirão de parâmetro para investidores entenderem como está a curva da inflação no país.
5. Bitcoin perde ânimo pós juros e tem nova queda
Na última semana, o mercado das criptomoedas reagiu bem ao novo aumento dos juros norte-americanos, porém o desempenho do Bitcoin tem passado por fortes quedas desde o final de semana, afastando a chance de voltar para a casa dos US$ 30 mil.
Por volta das 8h, o Bitcoin recuava cerca de 0,80%, caindo para US$ 27.500. Neste início de semana, a principal cripto do mercado já acumula uma queda acima dos 5% nos dois primeiros dias da semana, após um fim de semana turbulento com os excessos de transações, que levaram a Binance a interromper as transações na exchange.