Azul (AZUL4) aprova emissão de US$ 800 milhões em títulos no exterior; ações decolam – ESTOA

Azul (AZUL4) aprova emissão de US$ 800 milhões em títulos no exterior; ações decolam

Os notes terão vencimento em 2028


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O Conselho de Administração da Azul (AZUL4) aprovou na última quinta-feira (20) uma emissão de títulos no exterior, totalizando US$ 800 milhões.

A quantia deve ser utilizada pela companhia aérea para arcar com algumas dívidas e em outros fins corporativos.

Dessa maneira, durante o pregão desta sexta-feira (21), dia seguinte ao anúncio, as ações da empresa decolaram, somando ganhos acima dos 8%.

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Notes da Azul no exterior

A emissão e colocação de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões) em notes no exterior deve ser feita através da controlada da companhia aérea, a Azul Secured Finance. Esta é uma sociedade de responsabilidade limitada da empresa em Delaware, nos Estados Unidos.

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O plano havia sido divulgado ainda na semana passada, mas aprovado em assembleia na última quinta.

A emissão de notes foi aprovada em assembleia pela empresa/Foto: Lucas Batista / @PILOTLUCAS

Na época, em Fato Relevante, a Azul afirmou que “a oferta faz parte do plano de reestruturação abrangente e permanente da Companhia para otimizar a estrutura de capital e aumentar a posição de liquidez”.

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Os títulos de dívida devem, ainda, contar com vencimento para o ano de 2028 e cupom de 11,93%. Sua oferta visa investidores institucionais “qualificados”, que estejam residindo nos Estados Unidos.

Eles serão garantidos pela própria empresa e suas subsidiárias, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., IntelAzul S.A., ATS Viagens e Turismo Ltda., Azul IP Cayman HoldCo Ltd. e Azul IP Cayman Ltd.

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A operação deve, por fim, ser coordenada pelo J.P. Morgan Securities, Itaú BBA USA Securities Inc., Citigroup Global Markets Inc., UBS Securities LLC e Jefferies LLC.

Captação

Quando a medida foi anunciada em fato relevante, no último dia 12, a demanda foi descrita como maior do que o esperado. Esta, segundo o CEO da aérea, John Rodgerson, foi a maior captação de recursos da história da companhia.

John Rodgerson, CEO da Azul/Foto: Divulgação | Azul

Já para o CFO da Azul, Alex Malfitani, a oferta foi concluída com taxas mais favoráveis do que o visto na região e recebendo “quase três vezes a demanda original que estávamos buscando”.

Malfitani explica, ainda, que investidores que não participaram da troca devem continuar com o papel original, que deve ser pago também na data de vencimento original. 

“Não vai receber colateral e o cupom não vai aumentar, vai ficar no valor original, que é bem mais baixo”, disse.

Outra medida anunciada para compor o plano de reestruturação da empresa é a renegociação de dívidas. Segundo a aérea, cerca de 80% dos seus débitos representam o conjunto de acordo sobre dívidas com fabricantes e empresas de arrendamento.

Para o CFO, a empresa segue caminhando na direção do guidance de alavancagem anunciado recentemente, “terminando 2023 com 3,5 de dívida líquida sobre Ebitda e 2024 com 3”. Ebitda é o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização.


Ações decolam

Um dia após o anúncio, nesta sexta-feira (21), as ações da Azul (AZUL4) decolaram, somando por volta das 15:25 horas (horário de Brasília) uma alta de 7,88%, aos R$ 18,34.

Apesar disso, ao fim da sessão de negociações de ontem (20), os papéis fecharam com desvalorização de 1,33%, aos R17,00.

Os ganhos também se refletiram na NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York. Por lá, os ativos da empresa somaram por volta das 15:40 (também de Brasília) ganhos de 8,94%, cotados a US$ 11,46.

Ao fim do pregão de ontem, os papéis norte-americanos da aérea também sofreram quedas, finalizando com desvalorização de 2,41%.