BB Investimentos reduz preço-alvo das ações do GPA (PCAR3)
Além disso, a previsão de preços do Grupo Mateus também foi diminuída
Na última sexta-feira (10), o BB Investimentos reduziu o preço-alvo das ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e do Grupo Mateus (GMAT3).
O principal fator que promoveu a revisão dos preços foram os resultados apresentados no primeiro trimestre de 2022 e o cenário macroeconômico.
Corte no preço-alvo dos ativos
O Banco de Investimentos do Banco do Brasil reduziu o preço-alvo das ações do Grupo Pão de Açúcar. Levando em consideração os resultados apresentados no primeiro trimestre do ano e o cenário macroeconômico em geral, a previsão de preços dos ativos da varejista foi reduzida de R$ 31,70 para R$ 25,60.
No entanto, a redução também atingiu o Grupo Mateus, fazendo com que o preço-alvo de suas ações caísse de R$ 60,60 para R$ 5,70.
De acordo com os analistas, mesmo contando com a persistência inflacionária, o GPA ainda apresenta potencial para aumentar sua rentabilidade ao longo do ano.
Segundo o Banco de investimentos, a redução da operação dos hipermercados, que afetou a lucratividade do Grupo Pão de Açúcar, combinada a sua reestruturação, deve favorecer o desempenho operacional ao longo do ano.
“[…] Entendemos que o Grupo Pão de Açúcar está em uma posição mais vantajosa para entregar incremento de rentabilidade na comparação anual e até surpreender o mercado”, conclui o BB Investimentos.
Em comparação ao Grupo Mateus, na visão dos analistas, o GPA apresenta um melhor desempenho operacional. Eles destacam a descontinuidade do formato de hipermercados, e o foco em lojas como os principais fatores para o crescimento do Grupo Pão de Açúcar.
Sobre o Grupo, o Banco de Investimentos destaca o acelerado processo de expansão que, a curto prazo, pode prejudicar a alavancagem operacional do varejista.
Depois da diminuição dos preços-alvos dos ativos das companhias, ambas as varejistas apresentaram desvalorizações nesta segunda-feira (13).
As ações do Grupo Pão de Açúcar somaram às 14:28 horas (Horário de Brasília) uma queda de 3,00%, atingindo os R$ 19,06. Desde o começo do ano, elas caíram em 17,17%, no período de um ano, a desvalorização foi de 51,24%.
Os papéis do Grupo Mateus, por sua vez, caíram em 6,16% também por volta das 14:30, atingindo os R$ 3,81. Desde janeiro, a desvalorização foi de 37,44%. Em um ano, a queda foi de 51,65%.
Citado como fator de influência na revisão do preço-alvo das ações do GPA, a varejista divulgou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre em maio deste ano. Apesar de apresentar o lucro líquido consolidado de R$ 1,399 bilhão de reais, alta na comparação anual, a companhia foi afetada pelo cenário macroeconômico.
O resultado apresentado nessa época do ano ainda destacou o prejuízo de R$ 111 milhões. Durante o primeiro trimestre do ano passado, a varejista apresentou lucro de R$ 103 milhões.
Segundo o CEO do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo Pimentel, “No Brasil, a despeito dos desafios do macro cenário, com alta pressão inflacionária e deterioração da renda da população, registramos uma receita bruta em linha com o 1T21.”
Credit Suisse
No entanto, o Banco de Investimentos do Banco do Brasil não foi o único a reduzir o preço-alvo das ações da companhia. Na última segunda-feira (06), o Credit Suisse diminuiu suas expectativas quanto ao preço de seus papéis de R$ 27,00 para R$ 26,00.
Apesar disso, o banco também revisou suas previsões para a companhia, destacando um crescimento composto de 6% no lucro por ação, entre os anos de 2021 e 2026.
Segundo o Credit Suisse, em relatório, “os principais riscos do GPA incluem desinvestimentos, governança corporativa, contexto macroeconômico, plano de expansão e competição”.
Suas análises destacam, ainda, que as oportunidades são menores que os riscos.