BlackRock: lucro líquido cai para US$ 1,157 bilhão no 1T23; resultado vem acima do esperado
O lucro da maior gestora de ativos do mundo caiu em 19%
A BlackRock, a maior gestora de ações do mundo, divulgou nesta sexta-feira (14) seu balanço trimestral, contendo seus resultados operacionais referentes ao primeiro trimestre deste ano.
Dessa maneira, durante o período, a empresa registrou US$ 1,157 bilhão de lucro líquido, cerca de R$ 5,7 bilhões, indicando uma queda de 19% ante o mesmo período do ano passado, quando US$ 1,436 bilhão (cerca de R$ 7,077 bilhões) foram indicados.
Apesar de indicar quedas, os resultados apontados pela gestora superaram as expectativas do mercado, fazendo com que as ações da companhia subissem durante o pregão de hoje.
Primeiro trimestre da BlackRock
Apesar de indicar quedas, o lucro por ação da empresa, considerando ajustes, totalizou US$ 7,93 por ativo.
A quantia superou as expectativas contidas no consenso da FactSet, uma companhia norte-americana de software e dados econômicos, de UR$ 7,78 por papel; e do consenso Refinitiv, de US$ 7,76.
O resultado mais otimista foi pressionado pela continuação da entrada de recursos nos fundos geridos pela BlackRock, fazendo com os impactos gerados pelos período de turbulências no mercado financeiro fossem amortecidos.
Dessa maneira, a empresa registrou uma entrada líquida de US$ 110 bilhões em recursos líquidos durante os três primeiros meses do ano. Isso indica, ainda, alta de 27,91% em relação aos US$ 86 bilhões indicados no mesmo período do ano anterior.
Sobre os resultados, o presidente-executivo da BlackRock, Laurence Fink, afirmou disse “acredito que a atual crise de confiança no setor bancário regional acelerará ainda mais o crescimento dos mercados de capitais de ações, e a BlackRock será um participante central”.
Além disso, de acordo com o executivo, a companhia estaria auxiliando seus clientes a “operar com o surgimento de oportunidades durante este período de transição”.
A receita trimestral da gestora também foi outro indicador a registrar perdas durante o período, totalizando US$ 4,2 bilhões ante os US$ 4,7 bilhões do 4T22.
O valor, no entanto, ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetou um total de US$ 4,25 bilhões.
Ativos sob gestão
Ainda durante os três primeiros meses de 2023, a empresa totalizou US$ 9,1 trilhões em ativos sob gestão, cerca de R$ 44,8 trilhões.
A quantia fica 5% abaixo dos US$ 9,57 trilhões registrados no primeiro trimestre de 2022, mas é superior ao total registrado no último trimestre do ano passado, de US$ 8,59 trilhões.
Para Fink, a confiança enfraquecida no setor bancário regional pode acelerar o crescimento do mercado de capitais, acreditando que a BlackRock será um ator central nesse movimento.
Há cerca de uma semana, no dia 6 de abril, a gestora foi contratada pelo Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) para vender US$ 114 bilhões em títulos do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank.
O total seria dividido entre US$ 27 bilhões do Signature e US$ 87 bilhões do SVB. Na época
Na época, segundo o regulador norte-americano na época, as vendas das posições seriam “graduais e ordenadas e terão como objetivo minimizar o potencial de qualquer impacto adverso no funcionamento do mercado, levando em consideração a liquidez diária e as condições de negociação”.
Ações sobem
Diante dos resultados, negativos na comparação com dados históricos, mas positivos em relação às expectativas do mercado financeiro, as ações da maior gestora de ativos do mundo subiram durante o pregão desta sexta-feira (14).
Assim, os papéis da BlackRock (BLK) somaram uma alta de 2,86%, atingindo os US$ 689,91, por volta das 16:05 horas (horário de Brasília).