Bolsas da Europa fecham em queda diante da atividade da China e dados econômicos
Além dos desempenhos, uma alta dos juros canadenses inesperada também teve influência
As Bolsas da Europa fecharam em leve queda no pregão desta quarta-feira (7) diante dos dados econômicos mais fracos da China e da atividade econômica global.
O desempenho negativo foi pressionado, ainda, pela elevação inesperada dos juros no Canadá, determinada pelo Banco do Canadá (BoC).
Mesmo com as incertezas, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) global para 2,7% em 2023.
Atividade econômica em baixa
Uma das principais influências da desaceleração dos mercados europeus foi a divulgação dos dados de desempenho da balança comercial da China durante o mês de maio. No período, o país apresentou um superávit de US$ 65,8 bilhões, segundo a Administração Geral das Alfândegas da China nesta quarta.
Além de registrar uma queda de 7,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, a quantia ficou bem abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava um resultado positivo de US$ 96,8 bilhões.
Se comparado ao superávit de abril, que foi de US$ 90,21 bilhões, o montante indica um recuo de 27,06%.
O resultado é composto por recuos tanto nas importações, que caíram 4,5% no mês aos US$ 210,64 bilhões; quanto nas exportações, que apresentaram uma variação negativa de 7,5%, aos US$ 273,83 bilhões. Ambos os dados são o produto da comparação anual dos números.
Produção da Alemanha
Ainda no dia de hoje, o escritório federal de estatísticas da Alemanha publicou os dados sobre a produção do país. Em abril, a alta de 0,3% na comparação mensal ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperavam um avanço de 0,6%.
O desempenho dos setores foi liderado pela fabricação de produtos farmacêuticos, que apresentou uma variação positiva de 6,4%. Logo em seguida, aparece o grupo de construção, com um crescimento de 2%.
Além disso, o escritório também atualizou o movimento da produção industrial do mês de março de uma queda de 3,4% para um recuo de 2,1% na comparação com o mês anterior.
Juros no Canadá
Outra influência foi a elevação da taxa de juros básica do Canadá, determinada pelo BoC nesta quarta. O Banco Central do país aumentou o medidor em 0,25 p.p., aos 4,75% ao ano.
A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma manutenção no custo dos empréstimos.
Para o BoC, o mercado de trabalho continua em uma situação desconfortável. Além disso, o colegiado também destaca o aumento de gastos com bens afetados pela taxa de juros básicos.
“O Conselho do BoC continuará a avaliar a dinâmica do núcleo da inflação ao consumidor e suas perspectivas. Em particular, observaremos a evolução do excesso de demanda, expectativas de inflação, crescimento salarial e comportamento de preços corporativos”, disse a autoridade monetária em comunicado.
Bolsas da Europa
Diante dos dados negativos sobre a atividade econômica mundial, as bolsas europeias chegaram ao fim do pregão desta quarta (7) em leve queda.
Assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com queda de 0,19%, com uma pontuação de 460,80. O londrino FTSE 100, por sua vez, atingiu o fim da sessão com recuo de 0,20%, aos 7,6 mil pontos.
O Alemão DAX somou uma desvalorização de 0,20%, chegando ao fim do dia com uma pontuação de 15,9 mil. O parisiense CAC 40 apresentou uma queda de 0,09%, com 7,2 mil pontos.
Em Portugal, o PSI 20 atingiu queda de 0,28%, aos 5,9 mil pontos.
Apesar disso, o FTSE MIB, de Milão, apresentou alta de 0,07%, com pontuação de 27 mil.