Braskem (BRKM5) aumenta a capacidade de suas usinas no primeiro trimestre
Apesar da ampliação de suas usinas, as vendas registraram queda no Brasil
A Braskem (BRKM5) divulgou nesta sexta-feira (29) o aumento no uso de suas usinas brasileiras no primeiro trimestre de 2022. Nesse período do ano, suas instalações atingiram 86% de sua capacidade.
A companhia, porém, informou também que as vendas no Brasil registraram quedas no 1T22.
Usinas da Braskem
O uso das instalações da Braskem no Brasil aumentaram nos primeiros três meses do ano. Essa quantia foi, segundo a companhia, 85% maior do que os registros do quarto trimestre de 2021, e 82% superior na comparação anual.
Um dos fatores que justificam essa alta na comparação ante o primeiro trimestre de 2021, é a manutenção feita na central do Rio Grande do Sul. Isso fez com que, nessa época, a sua operação fosse paralisada.
De qualquer maneira, o Brasil não foi o único país a apresentar altas na utilização das usinas da petroquímica. Nos Estados Unidos, por exemplo, a capacidade de suas instalações foi de 88%, indicando uma melhora de 15% ante o quarto trimestre de 2021, e 10% na comparação anual.
No México, por sua vez, esse indicador foi de 80%, o que representou uma queda de 1% em relação ao 4T21. No entanto, se comparado ao mesmo período do ano passado, essa taxa indicou uma alta de 22%.
A Europa, no entanto, apresentou o maior dos indicadores para os primeiros três meses do ano, utilizando 89% da capacidade das usinas da Braskem. Essa quantia foi 5% maior do que os registros do 4T21, mas se a comparação anual for levada em consideração, esse índice teve uma queda de 4% dos 93% relatados no primeiro trimestre de 2021.
Vendas da companhia
As vendas de resina, no entanto, não indicaram altas para os primeiros três meses deste ano. Apesar de crescer 2% em relação ao trimestre passado, a comparação anual representou uma queda de 7%.
O principal fator para a diminuição, segundo a companhia, foi a menor demanda desse recurso no mercado brasileiro. Isso ocorreu por conta da reposição de estoques no começo de 2021, após a influência da Covid-19.
A recomposição do estoque de seus produtos atendeu uma demanda que havia crescido. Isso gerou uma alta nas vendas, justificando a queda na negociação das resinas.
Nos Estados Unidos, no entanto, a companhia observou uma alta nas vendas de polipropileno, um polímero termoplástico classificado como uma commodity e utilizado na fabricação de produtos recicláveis.
Essa alta foi de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O principal fator apontado foi a maior disponibilidade desse recurso.
A Europa, por sua vez, apresentou uma queda semelhante à brasileira. Dessa maneira, as vendas da commodity caíram em 6% na comparação anual.
Braskem e Petrobras (PETR4)
Durante os últimos meses, havia sido discutida a venda das ações preferenciais da Braskem detidas pela Petrobras (PETR4). Essa operação era uma das mais esperadas do ano, chamando a atenção dos acionistas da B3.
No entanto, devido aos conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia, a alta das taxas de inflação no Brasil e nos Estados Unidos e a instabilidade das políticas fizeram com que o cenário ficasse desestabilizado, o que fez com que as negociações fossem interrompidas.
A paralisação das negociações ocorreu no fim de janeiro e, até o dia de hoje (02), não possui uma data para a retomada do negócio.
Ações da Braskem
Os ativos da petroquímica apresentaram nesta segunda-feira (02) uma alta de 1,42%, fazendo com que seu preço atingisse às 14:37 (Horário de Brasília) os R$ 41,64.
No entanto, nos períodos de um mês e um ano, o preço de seus títulos tem apresentado uma queda constante. Dessa forma, em 30 dias, essa queda chegou aos 6,29%, e em 12 meses, ela chegou aos 16,59%.
Dentre os diversos fatores que promoveram essa queda, as consequências causadas pela Covid-19, a alta na taxa de inflação e a queda na procura de seus produtos podem ter gerado reflexos em seus preços.