BTG Pactual bate recorde lucrativo no balanço do terceiro trimestre de 2022
Patrimônio líquido do BTG Pactual cresce após resultado financeiro do terceiro trimestre
Nesta terça-feira (08), o banco de investimentos brasileiro BTG Pactual divulgou o resultado financeiro do terceiro trimestre de 2022, batendo o recorde de maior lucro líquido em R$ 2,3 bilhões.
Este é o terceiro trimestre consecutivo em que o banco de investimentos bate o seu recorde de melhor rendimento financeiro. Neste trimestre, o BTG também marcou a consolidação do retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) no patamar de 22%, analistas que cobrem o banco esperavam 20%.
O BTG Pactual
No início deste ano, o BTG Pactual havia divulgado as suas metas para o resultado do terceiro trimestre de 2022, entretanto, alguns analistas apontaram que essas metas poderiam ser inviáveis.
Neste mesmo período, o BTG disse que suas projeções para o Retorno sobre Patrimônio (ROE) eram de 20%, novamente o mercado financeiro não acreditava que seria possível, porém no terceiro trimestre, o ROE do BTG foi para 21,5%. Deste modo, os investidores atribuíram um número possível de ganhos extraordinários em 21,6%.
Por mais que o banco tenha apresentado um bom crescimento, eles tentaram manter a base capital como estável, apresentando um índice de Basileia em 15,2%, igual ao trimestre de 2021 e acima do primeiro trimestre de 2022.
Os balanços do BTG Pactual
Na área de Vendas e Negociações, o BTG fez R$ 1,38 bilhão de receita, um aumento de 6% tanto em relação ao terceiro trimestre de 2021, assim como no segundo trimestre de 2022, apresentando uma forte contribuição das atividades de clientes.
Esse resultado de vendas e negociações é devido aos clientes do banco estarem utilizando cada vez mais o BTG para realizar compras e vender ativos, portanto, o banco de investimentos consegue ter um bom crédito no mercado financeiro, sem precisar de ajuda de ganhos extraordinários.
No Mercado de capitais de dívida (DCM) e em fusões e aquisições (M&A), o banco faturou R$ 525 milhões, batendo o recorde e compensando a seca nas ofertas de equities.
Alguns analistas dizem que este foi o melhor resultado no terceiro trimestre na área liderada por Guilherme Paes, no qual o BTG Pactual participou de 37 transações de dívida e 18 M&As.
Na área de Crédito corporativo e PME (Pequena e média empresa), o BTG teve um recorde de R$ 937 milhões, um aumento de 46% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
O portfólio de crédito do banco foi de R$ 130 bilhões, um crescimento anual de 33%. No total da carteira, foram R$ 21 bilhões emprestados a pequenas e médias empresas (PMEs), um segmento que cresceu 48% no ano.
O VaR médio foi de 0,38%, que vem aumentando ao longo do ano, entretanto ainda bateu as expectativas do banco. Já na área de Asset Management fez uma receita de R$ 407 milhões, apresentando um crescimento de 40%.
Em Net New Money, incluindo a Asset Management, o BTG obteve R$ 62,9 bilhões, um número menor do que no segundo trimestre de 2022, de R$ 70,8 bilhões. Por fim, o banco obteve R$ 1,17 trilhão em recursos sob gestão e administração.
A receita após o balanço
As receitas totais cresceram em 5,5% em relação ao segundo trimestre, entretanto as despesas cresceram 4%. Já o ‘cost-to-income’, uma maneira de avaliar métricamente a eficiência de um banco, caiu de 39% para 38%.
Ontem (07). após o fechamento o BTG Pactual valia R$ 110 bilhões na bolsa de valores brasileira. Com o resultado do terceiro trimestre de 2022, o banco de investimentos, negociou a pouco mais de 10x lucro e 2,6x book de ofertas, assim como o patrimônio líquido cresceu em 17%, sendo avaliado em R$ 42,3 bilhões.