Câmara aprova arcabouço, ata do Fed, e o que mais movimentará o mercado nesta quarta
Nesta quarta-feira (24), os mercados devem amanhecer direcionados principalmente para a repercussão da votação do texto-base do novo arcabouço fiscal e ata do Federal Reserve nos EUA. Com uma margem ampla, a Casa aprovou o documento por 372 votos a favor e 108 contra. Para que fosse aprovada, a medida deveria alcançar 257 votos favoráveis.
A votação com um placar expressivo pode ser considerada como uma vitória para o governo Lula, que vem passando por resistências no Congresso devido a base pequena de aliados. Ainda nesta quarta-feira (24), a casa deve se encontrar para votar destaques que podem culminar na alteração do texto-base do projeto.
Com isso, o arcabouço fiscal se aproxima dos seus últimos trâmites antes da aprovação do presidente Lula. Se os destaques forem aprovados nesta quarta, o texto irá direto para votação no Senado e em caso de nova vitória, só restaria a sanção presidencial para que a medida começasse a ser posta em prática.
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2. Ata do Federal Reserve
Na tarde de hoje, os investidores norte-americanos dividirão a atenção entre as discussões a respeito do teto da dívida, que tem gerado dor de cabeça em Wall Street desde o início do mês e a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve. A expectativa do mercado é de que o documento assinado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, traga pistas sobre os próximos passos da política monetária dos EUA.
Até o momento, a maior parte dos economistas e analistas norte-americanos (67,3%) apostam que pela primeira vez em 10 reuniões, o Federal Reserve irá optar pela manutenção dos juros no mesmo patamar da última reunião. Mas nos últimos dias, a parcela de quem acredita em uma nova alta de 0,25 ponto percentual tem aumentado, subindo já para 32,7%.
3. Novo corte de dividendos da Vale faz Brasil sair do topo de ranking global
No primeiro trimestre de 2023, a distribuição de dividendos ao redor do mundo bateu recordes, chegando a US$ 326,7 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano passado, segundo dados da 38ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson. O Brasil, no entanto, foi na contramão do mundo, puxado principalmente pelos cortes feitos pela mineradora Vale.
Depois de chegar a 9ª posição nos três primeiros meses do ano passado, a Vale distribuiu somente US$ 1,8 bilhão em proventos neste começo de ano e saiu até mesmo da relação das 20 maiores pagadoras para o período. A maior pagadora de dividendos no Brasil, a Petrobras, também não figurou na lista, por não ter distribuído proventos entre janeiro e março.
O levantamento, que conta com 1200 companhias, ainda tem Banco do Brasil (US$ 700 milhões pagos aos acionistas), Bradesco (US$ 600 milhões), Weg (US$ 300 milhões) e B3 (US$ 100 milhões) entre as brasileiras. Já no topo da lista está a transportadora marítima dinamarquesa, Moller Maersk, que distribuiu quase US$ 12 bilhões.
4. Netflix acelera planos e cobrará por senhas compartilhadas
Depois de recuar da ideia de cobrar pelo compartilhamento de senhas com pessoas que não moram na mesma residência devido ao forte cancelamento nos primeiros países onde entrou em vigor, a Netflix anunciou nesta terça, que a prática não será mais permitida, sem que uma taxa seja cobrada dos usuários.
Segundo a empresa, para que pessoas que não vivem na mesma residência que o titular da conta possam acessar o catálogo, será cobrado um adicional de R$ 12,90 por mês. A expectativa da gigante do streaming é conseguir ampliar a sua receita e não ver a quantidade de assinantes cair.
5. Impasse por dívida dos EUA derruba Bitcoin
Nesta manhã, o Bitcoin voltou a operar no negativo em meio aos impasses nas negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. O cenário de baixa já tem sido observado no mercado de criptomoedas desde o início do mês. A desvalorização do Bitcoin em maio, por exemplo, já ultrapassa os 3%.
Na comparação diária, o Bitcoin vem sendo negociado por US$ 26.691 em uma desvalorização de 1,91% nessas primeiras horas do dia. Um período de alta ainda deve demorar a acontecer enquanto os impasses sobre a dívida não cessarem.