Primeiros compromissos de Lula na China, risco de recessão nos EUA e o que mais movimentará o mercado
A quinta-feira (13) no Brasil começa com as repercussões do primeiro dia de agenda oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua viagem à China. Depois de ser recepcionado nesta quarta pela ex-presidente Dilma Rousseff no país asiático, Lula participou no início desta manhã (noite em Xangai) da cerimônia de posse da sua aliada como nova presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics.
O primeiro dia de compromissos de Lula na China foi agitado e durante a sua participação na cerimônia ele fez um discurso onde defendeu a criação de uma moeda alternativa ao dólar para o comércio entre países do Brics. O presidente indagou ainda o motivo pelo qual o NBD não pode ter uma moeda própria.
O dia também foi de visita à sede da big tech chinesa Huawei para uma série de reuniões com executivos da companhia. Entre os assuntos tratados pelas partes estão o 5G e novas soluções para telemedicina, educação e conectividade. Até a sua volta ao Brasil, o presidente ainda deverá cumprir com uma série de compromissos, incluindo um encontro com o líder chinês Xi Jinping.
2. Recados do Fed em ata indicam leve recessão
Na tarde desta quarta, o Federal Reserve, o banco central norte-americano, divulgou a ata da sua última reunião que decidiu por mais um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros do país. Segundo o documento, uma das consequências que a recente crise bancária vista em Wall Street provavelmente será a entrada da economia norte-americana em recessão, ainda este ano.
A opinião apresentada na ata, no entanto, não é unânime entre os dirigentes do Fed, principalmente pelos discursos do vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, que acredita que o setor bancário ainda é sólido e resiliente, mesmo com a possibilidade do agravamento da crise.
3. Ibovespa emenda mais uma alta, enquanto dólar recua abaixo dos R$ 5
Nesta quarta, o principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa deu continuidade ao seu ritmo de alta e fechou positivo pelo terceiro dia consecutivo com um avanço de 0,84%, aos 107.102 pontos. Mais uma vez o último resultado para a inflação foi um dos motivos para a animação dos investidores, principalmente pela perspectiva maior de um início do ciclo de corte de juros.
O dia agitado nos Estados Unidos também refletiu na bolsa brasileira e na cotação do dólar que reagiram durante todo o dia aos dados. A moeda norte-americana emendou mais um dia de queda e fechou em R$ 4,93, o menor valor desde junho do ano passado.
4. Ministério da Fazenda desmente suposto fim de isenção de importações
Depois da ampla repercussão sobre o fim do imposto de importações de encomendas vindas de sites internacionais como Shopee, AliExpress e Shein, o governo agiu para desmentir o que foi veiculado e explicar melhor o tributo, a fim de diminuir os desgastes com a população.
Segundo o governo, houve um ruído na comunicação da medida. De acordo com o Ministério da Fazenda, o principal intuito não é a taxação de compras online no geral, mas sim de possíveis fraudes generalizadas que vêm sendo cometidas por empresas. Uma das formas utilizadas para reverter o quadro foi a mobilização de influenciadores para falar sobre o assunto.
Clique aqui para saber mais sobre o suposto fim da isenção
5. China vê exportações aumentarem 14,8% em março
Os dados divulgados pelo escritório nacional de estatísticas da China na madrugada desta quinta-feira foram recebidos com certa surpresa pelo mercado. Os números da balança comercial vieram muito além do esperado e apontaram para um crescimento de 14,8% das exportações para o mês de março. Era esperada uma queda de 7% nos dados anualizados.
Os dados de importações também vieram menores do que o esperado, com uma redução de 1,4% em março deste ano, ficando abaixo da expectativa de queda de 5% no período. Os números são mais uma mostra da retomada da economia chinesa depois do fim da política de covid zero.
6. Ethereum dispara após atualização
Na manhã desta quinta, a segunda maior criptomoeda do mercado, a Ethereum (ETH) viu o seu valor disparar depois da nova atualização do seu sistema blockchain, a Shanghai. A alteração dará maior liberdade aos investidores para sacarem algumas unidades da cripto em troca de recompensas.
Por volta das 9h40, a Ethereum disparava acima dos 6%, sendo negociada por US$ 2.000, o seu maior preço desde agosto do ano passado. No ano, a cripto já soma um crescimento de 66,87%.