CSN (CSNA3) prevê melhoras para o segundo trimestre
A companhia busca entregar resultados superiores aos registrados no 1T22
Ao divulgar seus resultados para o primeiro trimestre de 2022 nesta quinta-feira (05), a CSN (CSNA3) apresentou quedas em comparação ao mesmo período do ano passado.
Diante desse cenário, a companhia se mostrou esperançosa diante do segundo trimestre do ano, esperando resultados maiores aos apresentados nos primeiros três meses de 2022.
CSN sobre o segundo trimestre
A companhia focada em produzir recursos na área da construção civil, afirmou nesta quinta-feira (05) suas boas expectativas para o segundo trimestre do ano. A declaração foi dada pelo CEO e principal acionista da CSN, Benjamin Steinbruch, em teleconferência com investidores e analistas.
Nessa declaração, ele destaca as principais razões para a queda em seus números durante esse período. Os conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia, a piora no quadro envolvendo a Covid-19 na China e as altas nas commodities utilizadas pela empresa e nas taxas de inflação e juros foram citados.
O executivo disse, ainda, que os preços e as margens serão melhores nesse trimestre, e que “Estamos (CSN) otimistas com o mercado e vamos priorizar o mercado interno, em aço e cimento”.
Além disso, a dificuldade da logística no país e a variação cambial da moeda também atingiram a companhia.
O diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou que suas expectativas para a alta na importação durante o segundo trimestre do ano não são positivas.
Ele disse, ainda, que a razão por trás da sua projeção negativa sobre a importação é, principalmente, a dificuldade com a logística do país, “…com clientes, inclusive, tendo que esperar 120 dias para receber”.
A companhia prevê, também, a produção intensa em materiais revestidos. É dito que cerca de 50% de sua produção esteja totalmente dedicada a esse tipo de recurso.
Sobre isso, Martinez afirmou que a estratégia adotada pela CSN em relação aos preços no Brasil será muito mais agressiva. Essa medida vai fazer com que a siderúrgica enfrente a concorrência de material vindo do exterior.
No primeiro trimestre, ainda, as fortes chuvas também afetaram o desempenho da siderúrgica. Esses eventos fizeram com que as vendas de minério de ferro caíssem drasticamente, o que deve melhorar no próximo período.
Resultados do 1T22
Conforme o balanço divulgado pela companhia, o primeiro trimestre de 2022 não foi totalmente positivo para a CSN. Nesse período, a empresa registrou um lucro bruto de R$ 4,430 milhões, 19% maior que no quarto trimestre de 2021, mas 22% menor em relação ao 1T21.
A principal queda em suas vendas de aço foi no mercado interno, onde a CSN se deparou com uma queda de 17% na negociação de seus recursos na comparação anual.
Isso se deve, principalmente, à queda na demanda por esses produtos e da alta dos preços negociados no Brasil que, segundo Luis Fernando Martinez, são 24% maiores em relação aos praticados no exterior.
A margem Ebitda da siderúrgica também sofreu variações nesse período. O índice registrado no 1T22 foi 27% superior ao quarto trimestre de 2021, totalizando R$ 4,718 milhões. No entanto, na comparação anual, essa taxa foi 19% menor.
Por fim, seu endividamento líquido para o trimestre foi de R$ 18,6 bilhões, apresentando uma relação de Dívida Líquida/Ebitda de 0,89x. Esse valor, no entanto, foi menor do que os 1x projetados pela companhia para esse período.
Ações da CSN
Os resultados apresentados pela siderúrgica no primeiro trimestre deste ano foram refletidos no desempenho de suas ações, que vêm sofrendo uma grande desvalorização.
No dia de hoje (05), seus ativos totalizaram uma queda de 7,50% às 14:56 horas (Horário de Brasília), fazendo com que seu preço atingisse os R$ 19,86.
Porém, se um período de um mês for levado em consideração, essa desvalorização totaliza os 20,10%. No intervalo de um ano, no entanto, essa queda foi de 20,10%.