CVC (CVCB3) se prepara para virar “turistech”    – ESTOA

CVC (CVCB3) se prepara para virar “turistech”   

Ao adotar estratégias de crescimento digitais, a companhia visa a modernização de seus serviços


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Uma das principais companhias de turismo, a CVC (CVCB3), detalhou seu plano para virar uma turistech,  modernizando seus serviços. 

Ao modernizar seus modelos, a companhia visa a atualização dos sistemas mantidos das empresas que adquiriu, aproveitando a alta do turismo em função das flexibilizações das medidas protetivas na pandemia de Covid-19.

CVC, a Turistech

Em meio a retomada da demanda pelo turismo no começo do ano, a CVC tem como objetivo a atualização de seus sistemas. Ao adotar um plano de investimentos em tecnologia, a empresa visa expandir suas fontes de receita, focando na jornada de seus passageiros.

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Apesar de demonstrar altas tanto por questões sazonais, quanto por conta da flexibilização das medidas protetivas relacionadas à pandemia de Covid-19, os impactos causados pela doença ainda ecoam em seu desempenho.


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Isso porque a companhia ainda registra prejuízo em seus balanços. No primeiro trimestre deste ano, a quantia foi de R$ 166,8 milhões, uma alta de 104,7% na comparação anual.

De qualquer maneira, os investimentos da CVC em tecnologia apenas cresceram nos últimos anos. A companhia segue desde abril de 2020 sob comando de Leonel Andrade, conhecido pela sua passagem na Smiles. No primeiro trimestre de 2022, o investimento somou R$ 60,2 milhões.

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Espaço para o turista em São Paulo/Fonte: Revista Viajar pelo Mundo

Esta quantia chegou a ser quase a metade de todo investimento em tecnologia da empresa durante todo o ano de 2021, que foi de R$ 134 milhões. 

Esse dinheiro vai servir para, entre outros fatores, atualizar os sistemas herdados das companhias que a CVC adquiriu. Dessa forma, a modernização deve aumentar a eficiência de seus serviços e fazer com que a criação de novas funcionalidades seja facilitada.

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Além disso, a companhia também tem como objetivo expandir suas fontes de receita. Segundo a CVC, seu objetivo é resolver o “monolito” tecnológico que foi formado ao longo dos anos. Em conjunto ao Amazon Web Services (AWS), Oracle e Microsoft, a criação de um banco de dados em nuvem é possível.

Esse mecanismo também faz com que a conexão entre a turistech e seus parceiros possa ser feita. Segundo o COO da CVC, Tulio Maia Oliveira, esse sistema faz com que sua integração com suas parceiras seja muito mais rápida.


Além disso, outra possibilidade citada, foi a criação de uma carteira digital da companhia. Assim, seus clientes podem se beneficiar de descontos enquanto utilizam os serviços das empresas parceiras.

Nesta segunda-feira (30), as ações da CVC apresentaram quedas. Seus títulos somaram às 14:24 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 1,86% atingindo os R$ 11,10.

Além de focar sua atenção no setor tecnológico, a companhia também prevê a integração com diferentes startups. Essa medida está alinhada com a premissa da companhia de se atentar ao chamado customer experience (conhecido como CX). 

Com o objetivo de melhorar e aumentar sua presença dentre os diferentes estágios das viagens de seus clientes, a companhia anunciou a compra da startup WeTrek no começo deste ano.

WeTrek/Fonte: Refresh Miami

A companhia criada por brasileiros nos Estados Unidos permite a participação da CVC durante o passeio de seus clientes, fazendo com que as viagens sejam guiadas por viajantes independentes.

Ataque hacker

Em outubro do ano passado, a companhia de turismo havia sofrido um ataque cibernético. Apesar de não especificar quais dados foram afetados, na época, a companhia permaneceu sequestrada durante dias.

O ataque em questão se tratava de um “ransomware”, que “sequestra” informações ou partes do sistema de uma companhia e, para a devolução dos dados, cobra uma quantia em dinheiros. 

Este tipo de invasão se tornou cada vez mais comum, e pode ser interpretado como um dos motivos que levou a companhia a atualizar seus sistemas. Na época do ataque, as ações da CVC caíram em 12,27%.

Na época, durante a reestruturação parcial de seus sistemas, a companhia havia afirmado que os clientes que já contavam com passagens compradas não teriam problemas no embarque.