Dados econômicos mistos dos EUA pressionam mercados acionários do mundo – ESTOA

Dados econômicos mistos dos EUA pressionam mercados acionários do mundo

as informações do varejo norte-americano afetaram as bolsas de valores ao redor do mundo


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Nesta quarta-feira (16), os Estados Unidos publicaram os dados econômicos referentes ao setor do varejo, juntamente com informações acerca da gigante Target.

Os dados mistos e as expectativas acerca da publicação dos dados do setor imobiliário do país pressionaram o mercado financeiro em âmbito global, fazendo com que as Bolsas de Valores enfrentem quedas desde o dia de ontem.

Dados econômicos

As informações do varejo foram divulgadas nesta quarta-feira, e mostraram um aumento sólido nas vendas, surpreendendo o mercado em geral, que esperava uma baixa no consumo em função do aumento dos preços.

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Assim, com números de gastos do consumidor mais altos do que o esperado, é possível observar uma desaceleração nos preços durante o mês de outubro, fator que cooperou para a melhora do setor.

No entanto, a gigante varejista Target, também no dia de ontem, publicou seus dados de operação, demonstrando uma queda no número de vendas e apresentando uma diminuição de 13%.

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Target decepciona o mercado/Foto: Reprodução

Nos relatórios divulgados pelo mercado anteriormente, as apostas eram positivas, com a expectativa de que a companhia não fosse afetada de forma severa pela inflação. O resultado, no entanto, foi um balanço negativo para a empresa.

Em meio aos dados mistos, o pronunciamento de um dos integrantes do Fed (Federal Reserve), o Banco Central americano, promoveu um cenário de quedas nas Bolsas norte-americanas e no mercado acionário global.

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Segundo o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, a autoridade monetária deve continuar aumentando as taxas de juros em, pelo menos, 1%, dando a entender que o ciclo de altas ainda está longe de acabar.


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Dessa forma, para o integrante da instituição, os aumentos já feitos na taxa “tiveram apenas efeitos limitados na inflação observada”.

Anteriormente, outras autoridades do Federal Reserve já destacaram que seria difícil diminuir a inflação até que a demanda por trabalhadores e o número de pessoas dispostas a trabalhar se alinhem.

Bolsas operam em queda

Os principais reflexos gerados pela divulgação dos dados ocorreram nas bolsas norte-americanas, em que seus índices operam em queda desde o dia de ontem.

O índice S&P 500 fechou o pregão desta quarta-feira (16) com queda de 0,83%, aos 3,958 mil pontos. Nesta quinta-feira (17), por volta das 15:20 horas (horário de Brasília), o índice operava com uma queda de 0,20%.

Já o medidor NASDAQ Composite fechou o pregão de ontem com uma diminuição de 1,54%, com uma pontuação de 11,183 mil. Também por volta das 15:20, o índice operava com estabilidade no dia de hoje, somando uma valorização de 0,05%.

NASDAQ/Foto: Reprodução

O Dow Jones Industrial Average, por sua vez, atingiu o fim do pregão da última quarta em queda de 0,11%. Durante o dia de hoje, por volta das 15:00 horas, o índice também apresentou estabilidade, com uma alta de 0,05%.

Os principais medidores dos mercados asiáticos também reagiram de forma negativa aos dados apresentados.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng chegou ao fim do dia de hoje com uma queda de 1,15%, aos 18 mil pontos. No Japão, o medidor Nikkei fechou com uma diminuição de 0,35%, com uma pontuação de 27,9 mil pontos.


Na Europa, em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 0,06%, mostrando estabilidade nesta quinta-feira. O índice DAX, da Alemanha, no entanto, apresentou uma alta de 0,23%.

Por volta das 14:00 horas, o índice STOXX 600 operava com uma queda de 1,39%, aos 428 euros.

Recessão

Para o Banco de Investimentos JPMorgan, a economia dos Estados Unidos deve apresentar uma recessão leve durante o segundo semestre de 2023. A previsão decorre das expectativas de que o Fed deve continuar sua  batalha contra a inflação norte-americana.

Dessa forma, para o quarto trimestre do próximo ano, o banco prevê uma contração de 0,5% na economia dos EUA, fazendo com que o PIB do país se encolha em 1%.