Diretor da Kora Saúde (KRSA3) renuncia ao cargo
Nesta quarta-feira (14), a companhia detentora de redes hospitalares espalhadas pelo Brasil, a Kora Saúde (KRSA3), anunciou a renúncia de Jefferson Luna Brito ao cargo de Diretor da empresa.
O executivo havia sido eleito ainda neste ano. Com a saída, o Conselho de Administração da companhia passa a atuar com 9 membros.
Renúncia
A saída de Jefferson Luna Brito foi anunciada pela Kora Saúde em um Comunicado ao Mercado publicado nesta terça-feira (13). No entanto, foi apenas ao final do pregão de ontem (14) que a ata de reunião do Conselho de Administração foi divulgada.
O executivo havia sido eleito para integrar o Conselho administrativo da empresa no dia 29 de abril deste ano, atuando como diretor, portanto, por cerca de 5 meses. As motivações da renúncia, no entanto, não foram divulgadas.
De acordo com o documento publicado, todos os membros do Conselho de Administração da Kora Saúde estavam presentes na reunião, que tinha como objetivo “conhecer e aceitar o pedido de renúncia do Diretor Sem Designação Específica da Companhia” e autorizar o conselho a assinar os documentos necessários para a aprovação.
No Comunicado ao Mercado divulgado nesta terça-feira (13), a companhia afirma que a medida se deu “em decorrência da reorganização estrutural da diretoria relacionada com a área de infraestrutura, engenharia e expansão”.
Por fim, o documento foi assinado pelo Diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Kora Saúde, Flavio Figueiredo Deluiggi.
Emissão de debêntures
A renúncia do diretor da companhia ocorre pouco mais de uma semana após a Kora Saúde aprovar a segunda emissão de debêntures de uma de suas subsidiárias, a Hospital Anchieta S.A.
A unidade situada no Distrito Federal foi adquirida pelo grupo em fevereiro de 2021, ficando conhecida como a maior aquisição (M&A na sigla em inglês) feita pela Kora Saúde, que desembolsou R$ 1,5 bilhão pela compra.
Dessa forma, a emissão foi divulgada em um Comunicado ao Mercado publicado no último dia 6 de setembro.
Aprovada em uma reunião do Conselho de Administração da empresa, a medida prevê a emissão de 715.000 debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie fidejussória.
Com um valor nominal de R$ 1 mil reais, o montante total proveniente da emissão será de R$ 715 milhões. Além disso, elas serão emitidas em duas séries, com data de vencimento de 5 anos para as debêntures de primeira e de 7 anos para os debêntures de segunda série.
O objetivo da companhia é, com os fundos arrecadados, pagar o resgate antecipado da totalidade das debêntures da primeira emissão e utilizar o saldo remanescente, se houver, para reforçar o caixa da empresa.
Ações caem após IPO
A Kora Saúde concluiu sua oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) na Bolsa de Valores Brasileira, a B3, no dia 13 de agosto de 2021, se juntando às dezenas de companhias de saúde listadas.
Na época, o IPO da empresa foi o 44º do ano, sendo a 5ª companhia de saúde a abrir seu capital na bolsa brasileira. No entanto, pouco mais de um ano após sua listagem, suas ações se desvalorizaram em mais de 50%.
Apesar de somar uma alta de 7,60% no período de seis meses, os papéis da Kora Saúde se desvalorizaram em 45,66%, fazendo com que, desde sua estreia na B3, suas ações caíssem em 66,54%.
O movimento segue a desvalorização dos papéis das companhias de saúde, que se depararam com grandes quedas neste ano.
Um dos principais motivos para o desempenho negativo foi a aprovação do Projeto de Lei 2.033/2022, que prevê alterações nos planos de saúde, fazendo com que seus preços possam aumentar.
O PL foi, agora, remetido à sanção no último dia 5 de setembro, aguardando a sanção presidencial.