Electrolux (STO: ELUX-B) apresenta queda nos lucros, e reduz expectativas para 2022
Após registrar queda nos lucros no 1T22, a companhia diminuiu suas perspectivas para este ano
A Electrolux (STO: ELUX-B) registrou uma diminuição nos lucros para o primeiro trimestre deste ano. Apesar de serem menores do que o esperado, isso fez com que a empresa diminuísse suas expectativas para o resto do ano.
Apesar de considerar o repassamento de custos maiores de matéria-prima e logística que envolvem os seus produtos aos seus clientes, a empresa prevê para o segundo trimestre deste ano, um período tão desafiador quanto o 1T22.
Electrolux no primeiro trimestre
A companhia apresentou, no 1T22, um lucro de US$ 161 milhões. Representando uma queda expressiva em comparação ao mesmo período do ano passado, em que a Electrolux apresentou uma quantia de US$ 235 milhões.
Essa quantia foi, ainda , maior do que a prevista por analistas para o 1T22, que previam uma taxa de lucro de US$ 98 milhões.
As principais justificativas para a queda nos valores foram a alta nos preços de matéria-prima e logística dos seus produtos e o recente “ressurgimento” da COVID-19 na China, que abalaram seu desempenho.
No entanto, as perspectivas para o resto do ano da maior fabricante de eletrodomésticos do mundo foram diminuídas em função das pioras envolvendo a Covid-19 e as taxas inflacionárias no mundo.
O presidente-executivo da companhia, Jonas Samuelson, afirmou que a companhia espera que o segundo trimestre do ano seja tão desafiador quanto o primeiro, e que isso se daria, principalmente, por “interrupções relacionadas ao ressurgimento do coronavírus na China”.
Os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia também foram fatores que influenciaram no seu desempenho. É dito que a companhia, após a interrupção de suas operações na Rússia, Ucrânia e Belarus, reiniciou suas vendas no país Ucraniano na segunda metade de abril.
Os principais mercados afetados pelos fatores destacados foram os da Europa (região onde a fabricante mais possui influência), que apresentou uma menor confiança do consumidor, e da América do Norte, devido às restrições de oferta dos seus produtos.
Dessa forma, a empresa também afirmou que a situação deve melhorar a partir de meados de 2022.
Emissão de gases
Antes de comunicar a queda nos lucros, a companhia divulgou a elaboração de um plano para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. A medida foi divulgada no último dia 15, e prevê mudanças até 2025.
Até esse ano, a Electrolux tem como objetivo diminuir suas emissões em 80%. De qualquer maneira, no ano de 2021, as emissões em comparação ao ano de 2015 caíram em 78%.
Em 2021, a companhia foi reconhecida como uma das que mais promoveu avanços nesse quesito, sendo um dos principais motivos para a prorrogação do plano. Essas estratégias têm como objetivo diminuir o nível de poluição no mundo.
Dessa forma, Samuelson afirmou que o programa de sustentabilidade é um dos principais fatores para a Electrolux se tornar uma empresa melhor, e que “procura construir uma vida melhor para todos, de forma que nos tornemos neutros em termos climáticos até 2050”.
Ações da Electrolux
A precificação dos ativos da Electrolux refletem a dificuldade da fabricante em se manter diante das conturbações envolvendo o seu mercado.
Negociadas na Bolsa de Estocolmo, as ações da companhia foram fechadas às 12:29 horas (Horário de Brasília), em 151,2 Sek, o equivalente a R$ 76,36. Dessa maneira, é possível identificar uma desvalorização de 4,29%.
Quando analisados em um período de 30 dias, seus títulos somaram uma desvalorização de 2,20%. Já na perspectiva de 12 meses, essa queda foi de 36,85%.
Essa queda nas ações reflete, ainda, a insegurança em relação aos investidores, que foram alarmados pela situação.
Apesar de preocupante, o cenário para o resto do ano parece manter a empresa confiante, que prevê melhorias para a sua situação em meados do ano.
No entanto, as previsões para 2022 permanecem diminuindo, o que gera um certo grau de preocupação na fabricante.