Expectativa por corte na Selic, EUA tem nota de crédito rebaixada e o que mais movimentará o dia nos mercados
Investidores seguem de olho na decisão do Banco Central nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira (2), os investidores amanhecem na expectativa pela definição da Taxa Selic e nos reflexos que ela pode gerar para a economia brasileira. Na véspera da decisão, o Ibovespa encerrou o primeiro pregão do mês no negativo, pressionado pelas ações de maior peso no índice: Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3).
As ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras caíram 2,10% e 1,64%, respectivamente, enquanto as da Vale recuaram 1,39%. A queda de 0,57% do Ibovespa, aos 121.248 pontos, também teve influência dos PMIs industriais mais fracos na Europa, na China e nos Estados Unidos, que foram divulgados ontem (1º).
2. Expectativas para o Copom
Após o início da quinta reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ontem, os investidores aguardam ansiosos nesta quarta pela conclusão do encontro e pela divulgação às 18h da decisão do colegiado a respeito da taxa básica de juros, a Selic.
Para o mercado já há um consenso de que haverá um corte nos juros, que atualmente está em 13,75%, mas ainda não se sabe de quanto. O peso da redução pode variar entre 0,25 e 0,50 ponto percentual, e caso se confirme será o primeiro recuo da Selic desde agosto de 2020. De acordo com o Boletim Focus desta semana, é esperado que a taxa de juros termine o ano em 12%.
Mercados nesta manhã
– Dow Jones Futuro – 35.655 (-0,29%)
– S&P 500 Futuro – 4.579 (-0,47%)
– Nasdaq Futuro – 15.707 (-0,70%)
– Ibovespa – 121.248 (-0,57%)
– Shanghai – 3.261 (-0,89%)
– Nikkei 225 – 32.707 (-2,27%)
– FTSE 100 – 7.592 (-0,96%)
*Valores consultados às 9h15.
Calendário Econômico
Confira os principais eventos econômicos desta quarta-feira:
Brasil: IPC-Fipe/Jul (5h), Fluxo Cambial Estrangeiro (14h30), Decisão da Taxa Selic (18h)
Estados Unidos: Índice de Compras MBA (8h), Pedidos de Hipotecas MBA (8h), Variação de Empregos Privados-ADP/Jul (9h15), Estoques de Petróleo em Cushing (11h30)
PMI de Serviços/Jul: Japão (21h30), China (22h45)
Balanços: Brasil (Suzano, CSN, Dexco), EUA (Qualcomm, PayPal, Ferrari, CVS Health Corp)
3. Déficit zero em 2024 dependerá de mais R$ 130 bi em receitas
Desde que o atual governo assumiu o poder no início do ano, um dos principais discursos do presidente Lula e da sua equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o de buscar um equilíbrio das contas públicas alcançando um superávit primário nos próximos anos, mas para conseguir um déficit zero já em 2024, o governo precisará de mais receitas.
Segundo o jornal Valor Econômico, o Brasil precisará de uma arrecadação de cerca de R$ 130 bilhões extras para entregar ao Congresso uma proposta com o Orçamento equilibrado para o ano que vem. Entre as medidas que podem levar recursos ao governo nos próximos meses estão: voto de qualidade no Carf, taxação dos fundos exclusivos, tributação de benefícios via ICMS e taxação das apostas esportivas.
4. Por risco fiscal, Fitch rebaixa nota de crédito dos EUA
Na tarde desta terça-feira (1º), a agência de classificação de risco, Fitch Ratings anunciou um rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos, caindo do degrau mais elevado AAA para AA+. O movimento incomum foi justificado pela Fitch em comunicado como um reflexo da expectativa de risco fiscal nos próximos três anos e pela piora da governança nos últimos 20 anos que levaram o país ao endividamento.
O rebaixamento dos Estados Unidos da posição que mantinha desde 1994 no ranking da Fitch, tem causado uma queda generalizada nas principais bolsas mundiais nesta manhã. A decisão da agência foi criticada pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, que a definiu como arbitrária e desatualizada.
5. Bitcoin volta a encostar nos US$ 30 mil após balanços
Depois de perder o seu patamar de US$ 29 mil pela segunda vez em menos de um mês, o Bitcoin voltou a encostar nos US$ 30 mil na madrugada desta quarta-feira, com um avanço superior aos 2%, que levaram a principal criptomoeda aos US$ 29.988, após a MicroStrategy divulgar o seu balanço trimestral.
A empresa desenvolvedora de softwares norte-americana é a maior detentora de capital aberto de Bitcoin do mundo e nesta quarta, anunciou que fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de US$ 22,2 milhões, revertendo o prejuízo de mais de US$ 1 bilhão no mesmo período do ano passado.