Fique ligado nos 5 principais assuntos do mercado no Brasil e no mundo nesta quinta-feira
A quinta-feira (1º) será agitada nos mercados internos e também no exterior. No Brasil, o cenário político amanhece com as repercussões da votação da medida provisória que debate a reestruturação ministerial e administrativa do governo Lula. O resultado de 337 votos a favor e 125 contra na Câmara fez com que o governo evitasse o seu maior revés em cinco meses de mandato.
Caso o texto não fosse aprovado, a formação ministerial nos atuais moldes – 37 pastas – deixaria de existir e a configuração voltaria para os 23 ministérios que existiam durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma corrida contra o tempo, a proposta tramitará nesta quinta no Senado em busca da aprovação antes que o prazo expire hoje às 23h59.
Em meio ao risco de uma forte derrota, o presidente Lula passou a articular nos últimos dois dias com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Nesta quarta, o governo chegou inclusive a anunciar a liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares – valor recorde disponibilizado pelo governo até o momento.
2. Câmara dos EUA aumenta teto da dívida
Depois de semanas de expectativas e apreensão, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos anunciou na noite desta quarta-feira a aprovação da proposta que eleva o teto da dívida norte-americana, evitando assim o primeiro calote da história do país. Segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, o órgão poderia ficar sem dinheiro em caixa para arcar com as despesas, a partir do dia 5.
A aprovação da medida estruturada pelo presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, faz com que o teto de US$ 31,4 trilhões seja suspenso por dois anos, mantendo os gastos no mesmo patamar no próximo ano fiscal e se limitando a um aumento de até 1% das despesas em 2025.
A proposta agora irá para a aprovação no Senado norte-americano, mas não deve enfrentar tanta resistência, tendo em vista que a Casa é formada por maioria de democratas, ao contrário da Câmara.
3. PIB do Brasil cresce no 1T23
Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou os primeiros dados para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Segundo a instituição, a economia brasileira cresceu 1,9% nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o trimestre anterior. No comparativo anual, o PIB cresceu 4,0%.
O resultado veio acima das projeções feitas por analistas do Itaú, que esperavam um crescimento de 1,4% no período. Por outro lado, a previsão de que a agropecuária seria a maior responsável pelo desempenho neste trimestre se confirmou e o setor apresentou uma alta de 21,6%, maior patamar desde 1996.
4. Declarações de IR bateram recorde em 2023
Com o prazo para a entrega do Imposto de Renda de 2023 encerrado nesta quarta-feira, a Receita Federal registrou um novo recorde de declarações. O Fisco recebeu mais de 41,1 milhões de documentos dos contribuintes, quase cinco milhões a mais do que no ano passado.
A expectativa da Receita para 2023 era de que cerca de 39,5 milhões de contribuintes enviassem declarações até ontem. O alto número também pôde ser observado na quantidade de retificações, que também aumentaram neste ano – mais de 700 mil em comparação ao ano passado. A partir do ano que vem, a tabela de isenção mudará, e mais brasileiros deixarão de pagar o imposto.
5. Bitcoin tem pior mês desde falência da FTX
Com o mês de maio encerrado, o Bitcoin registrou a sua pior marca deste ano e também a sua primeira queda em 2023, depois de um primeiro trimestre positivo, com mais de 80% de valorização. O desempenho do último mês apresentou um recuo de 7,5% no valor da principal criptomoeda do mercado, no seu pior período desde outubro de 2022, em meio à falência da FTX, quando caiu mais de 16%.
Nesta manhã, o Bitcoin iniciou o mês com mais uma queda, desvalorizando 1,05% às 9h30, sendo negociado por US$ 26,936. Para os próximos meses, um corte nos juros pode fazer com que a criptomoeda se anime mais uma vez e volte a flertar com a casa dos US$ 30 mil.