Fique por dentro das 5 principais notícias do dia: inflação de maio, preço dos automóveis e mais

O mercado amanhece nesta quarta-feira (7) com os olhares voltados para a divulgação da inflação de maio, medida pelo IPCA. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) às 9h e apontaram para uma inflação de 3,94% no acumulado de 12 meses, chegando ao menor nível desde outubro de 2020, ficando abaixo dos 4% pela primeira vez em quase três anos.

No recorte mensal, a inflação desacelerou a 0,23%, depois de crescer 0,61% no mês imediatamente anterior. Os resultados foram puxados pelo grupo de saúde e cuidados pessoais (0,12 ponto percentual), que teve o maior avanço no mês, confirmando os dados do IPCA-15. Na outra ponta, os grupos de alimentação e bebidas, transportes e artigos de residência, influenciaram para a queda, com variação de 0,16%, -0,57% e -0,23%, respectivamente.

A nova leitura para a inflação deve reforçar ainda mais as pressões por parte do mercado financeiro para que o Banco Central comece a cortar os juros nas próximas reuniões do Copom, mesmo com uma provável subida da inflação no segundo semestre principalmente em virtude das alterações nos preços dos combustíveis.

2. Preço dos automóveis começa a cair

Após a divulgação de todos os detalhes da proposta do governo para baratear o preço dos veículos na última segunda-feira (5), algumas montadoras já começam a promover os reajustes nas tabelas com os descontos. Nesse primeiro momento as variações estão na casa dos R$ 7 mil e em alguns casos ultrapassa os R$ 10 mil.

Segundo as tabelas de preços das montadoras, os carros mais baratos do mercado são o Renault Kwid Zen e o Fiat Mobi Like – ambos caíram de R$ 68.990 para R$ 58.990. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os benefícios serão concedidos até alcançarem o máximo de R$ 1,5 bilhão, valor reservado para o programa, e que é dividido entre: R$ 500 milhões (carros), R$ 300 milhões (ônibus) e R$ 700 milhões (caminhões).

3. Ibovespa no maior patamar desde janeiro

Nesta quarta, a queda maior do que o esperado na inflação deverá refletir também no desempenho do Ibovespa, que fechou novamente no azul no último pregão. O avanço de 1,70% fez com que o principal índice da bolsa de valores chegasse ao patamar de 114.610 pontos, o maior desde o final de janeiro.

Um dos principais responsáveis foram os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) que subiram mais de 2% nesta terça. Os números do IPCA deverão animar os investidores durante o dia, que já começarão a se preparar para a próxima reunião do Copom nos dias 20 e 21 de junho.

4. SEC continua caçada às exchanges

Depois de processar a Binance, a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana (SEC, na sigla em inglês) entrou nesta terça com uma ação contra a Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo. A alegação do órgão regulador dos Estados Unidos é de que a empresa não é registrada como um lugar de intercâmbio de valores, o que faz com que os investidores fiquem expostos a riscos.

Depois que a SEC entrou com processo contra a Binance, mais de US$ 790 milhões foram sacados da exchange e da sua afiliada norte-americana, a Binance.US em menos de 24 horas. A apreensão dos investidores é de que a dezena de acusações provoque uma queda brusca no mercado no longo prazo.

Confira mais detalhes sobre o processo da SEC contra a Binance.

5. Balança comercial volta a cair na China

Na madrugada desta quarta-feira, a China divulgou novos dados sobre a sua balança comercial no mês de maio. O indicador que engloba importações e exportações apontou para uma forte queda nos produtos que saem da China para outros países. No total, as exportações recuaram 7,5% no último mês, número muito maior do que as projeções de 0,4%.

Outra surpresa – mas positiva dessa vez – foram os dados de importações, segundo a CEIC, a queda foi de apenas 4,5%, uma contração menor do que os 8,0% que eram esperados para o mês. No total, a balança comercial chinesa registrou um superávit de US$ 65,81 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 92 bilhões.