Ford (FDMO34) busca expansão em inovação no Brasil – ESTOA

Ford (FDMO34) busca expansão em inovação no Brasil

Com a produção de carros pausada no Brasil, a companhia busca investimentos em seu centro de tecnologia


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A fabricante de veículos Ford (FDMO34) quer desenvolver sua atuação no Brasil por meio de investimentos em seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, em Camaçari, na Bahia.

Com a desativação de suas unidades e demissões em suas fábricas, a companhia aposta em sua startup, a D-Ford.

Investimentos em inovação

Com os investimentos em seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, a companhia quer transformar a unidade em Camaçari, na Bahia, no centro de inovações da fabricante norte-americana.

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Com cerca de 6 mil metros quadrados e 6 prédios no total, a unidade foi disponibilizada pelo Senai Cimatec de Camaçari. Além disso, o Centro conta com uma base de 1,5 mil colaboradores, com 500 funcionários recém contratados.


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A companhia havia paralisado sua fabricação no Brasil no ano de 2021, com as inúmeras desativações de suas unidades e demissões de colaboradores. 

Além disso, em seu Centro, atuam ainda seus estúdios de design, Teardown, laboratórios de realidade virtual e os escritórios de seu braço startup, o D-Ford. Este, por sua vez, atua como uma companhia com o objetivo de realizar pesquisas e inovações para seus veículos elétricos.

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Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford na Bahia/Fonte: Reprodução

Ainda, 85% do trabalho realizado na unidade é desenvolvido para o mercado global da companhia, nas áreas de desenvolvimento de carros elétricos, componentes e o desenvolvimento do suporte para veículos autônomos fabricados pela norte-americana.

De acordo com Daniel Justo, presidente da Ford na América do Sul, “a inovação contínua é o diferencial entre as empresas que vão crescer e as que vão desaparecer.”.

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O executivo afirmou, ainda, que a companhia enxergou nesse panorama a oportunidade de ampliar sua atuação com a exportação de seus serviços de engenharia para os principais mercados da fabricante ao redor do mundo.

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia de Camaçari é um dos nove mantidos pela companhia em todo o mundo, e trabalha em conjunto com seu Centro de Desenvolvimento e Testes em Tatuí, em São Paulo, e seu laboratório em Pacheco, na Argentina, ampliando sua atuação na América Latina.

Segundo Justo, “nosso Centro opera como uma unidade de negócio autossustentável, com uma expectativa de receita de R$ 500 milhões este ano para a Ford no Brasil”, apesar de se direcionar ao mercado fora do país.

Com o anúncio de sua nova atuação em terras brasileiras, as ações da Ford apresentaram valorizações nesta segunda-feira (04). Seus ativos somaram às 14:36 horas (Horário de Brasília) alta de 1,35%, atingindo os R$ 60,75.

No entanto, no período de 6 meses, época em que a companhia já havia paralisado suas fabricações no Brasil, seus papéis se desvalorizaram em 55,92%. Em um ano, a queda foi de 19,19%.

A companhia também trabalha com o Senai Cemat em um programa para o desenvolvimento de software com 100 jovens, com o objetivo de mitigar o “apagão de profissionais capacitados”. Destes, cerca de 80 pessoas vêm de comunidades carentes.

A companhia continua a prestar serviços no Brasil/Fonte: Guia do Estudante

De acordo com o diretor de engenharia da Ford América do Sul, André Oliveira, “o projeto é escalável e possui potencial de expansão para outras capacitações”.

Saída da Ford do Brasil

Por questões globais de mercado e relacionamento com as políticas governamentais, a companhia encerrou suas atividades de fabricação no Brasil no ano de 2021. 

Apesar da decisão adotada em janeiro do ano passado, a empresa continuou a comercializar seus veículos no país.


Eles, no entanto, são majoritariamente importados da Argentina e do Uruguai, e a assistência e manutenção prestada aos seus clientes continuou.

Ao encerrar suas atividades no Brasil, a fabricante norte-americana abriu mão de uma participação de mercado no país de 7,14% no ano de 2020, com a emissão de Nota Fiscal para 139.897 veículos.

De acordo com a Ford, na época, a decisão provocaria custos de até US$ 4,1 bilhões (atualmente, o equivalente a R$ 21,7 bilhões).