Ibovespa dispara para mais de 105 mil pontos após IPCA registrar resultado positivo no acumulado anual – ESTOA

Ibovespa dispara para mais de 105 mil pontos após IPCA registrar resultado positivo no acumulado anual

Freamento da inflação impulsiona ações da B3 e queda do dólar


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O Ibovespa operava em alta nesta terça-feira (11), após o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com uma valorização de mais de 3%, a mais de 105 mil pontos.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo valorizava 3,38%, a 105.288 pontos.

Entre os principais desempenhos desta terça, estão as empresas varejistas, com a queda dos juros, e de ações atreladas às commodities, uma vez que a aproximação do vencimento dos papéis sobre o índice provocou volatilidade em seu desempenho.

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O indicador considerado a inflação oficial do país cresceu 4,65% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


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Em março, o IPCA cresceu 0,71%, abaixo da alta de 0,84% registrada em fevereiro. No mesmo mês em 2022, o índice avançou 1,62%.

A queda do indicador, no entanto, foi apontada como reação direta do recuo dos juros futuros, que por sua vez, impulsionou a variação das ações da bolsa.

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Bolsa desta terça: recuo de juros e dólar

Com uma máxima intradiária de 105.533 pontos, e uma mínima intradiária de 101.848 pontos, o Ibovespa subia mais de 3% por volta das 13h – sendo esse o maior nível intradiário a ser atingido em um mês.

Nas bolsas dos Estados Unidos, o Dow Jones valorizava 0,37%, a 33.710 pontos, enquanto o S&P 500 subia 0,06%, a 4.112 pontos. O Nasdaq, em contrapartida, perdia 0,485, a 12.026 pontos. 

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A inflação abaixo do esperado também acarretou na queda do dólar, que operava uma desvalorização de 1,13%, a R$ 5,0087, às 13h55. Na mínima do dia, a moeda estadunidense atingiu R$ 4,9894 – a primeira vez desde fevereiro que o dólar fica abaixo de R$ 5.

Imagem ilustrativa/Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

Um dos grandes destaques no pregão da B3 desta terça-feira, são as ações da Magazine Luiza (MGLU), que, por volta de 13h30 (horário de Brasília), liderava as altas do Ibovespa, com uma valorização de 12,84%. Os papéis da varejista estavam sendo negociados a R$ 3,78.

Resultado, também do recuo de juros e desaceleração do IPCA, são a Lojas Renner (LREN3), que subia 8,67%; a MRV ON (MRVE3), com uma alta de 9,68%; e o Grupo Soma (SOMA3), que crescia 8,62%.

Já as ações ligadas às commodities, o pregão desta terça foi está liderado pelo desempenho da Vale (4,86%), CNS (7,08%), Usiminas (7,73%) e Gerdau (5,97%).

IPCA e fatores do contexto

A alta de 0,71% registrada pelo medidor da inflação do país foi puxada, principalmente, pelo desempenho dos combustíveis, do grupo Transportes (2,11%), em março. 


Com a reoneração dos combustíveis, a partir da medida do governo federal, a gasolina passou a valer R$ 0,47, e o etanol por R$ 0,02 por litro. 

Em março, a gasolina e o etanol subiram 8,33% e 3,20%, respectivamente. 

Abaixo da projeção do mercado e do resultado de fevereiro (0,84%), o IPCA de março foi o menor patamar para o mês desde março de 2020.

Além dos dados da inflação, os investidores estão digerindo a nova proposta da regra fiscal do novo governo, o chamado arcabouço fiscal que será entregue ao Congresso Nacional ainda nesta terça, segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou em sua viagem oficial à China, prevista para fortalecer acordos com o maior parceiro econômico do Brasil, e o relatório da inflação dos Estados Unidos, que será publicado na próxima quarta-feira (12).