Ibovespa em alta, reação aos juros dos EUA e o que mais movimentará esta quinta – ESTOA

Ibovespa em alta, reação aos juros dos EUA e o que mais movimentará esta quinta

Balanço da Vale e melhora na nota de crédito do Brasil são destaques


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Nesta quinta-feira (27), depois de mais um pregão em alta para o Ibovespa, os investidores amanhecem novamente de olho na temporada de balanços, que vai se aquecendo e também deve reagir ao mercado externo, após a decisão do Federal Reserve de aumentar novamente os juros nos Estados Unidos.

No último pregão, o Ibovespa voltou a fechar em alta, subindo 0,45%, aos 122.560 pontos. A bolsa de valores foi influenciada não só pela decisão do Fed, como também pelo avanço dos papéis de empresas do setor bancário, como o Bradesco (BBDC4), que subiu 1,03%.

Para esta quarta, o principal índice da B3 deverá repercutir também o relatório de produção e vendas da Petrobras (PETR3) que foi divulgado pela estatal após o pregão de ontem e revelou uma queda anual de 0,5% na produção média de óleo, LGN e gás natural, a 2,6 mil barris por dia.

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2. Fitch eleva nota de crédito do Brasil

Nesta quarta, a agência de classificação de risco Fitch anunciou que a nota de crédito soberano do Brasil foi aumentada de BB- para BB em virtude de melhorias no ambiente macroeconômico e fiscal do país. Esta foi a primeira vez desde 2019 que a Fitch eleva a nota de crédito do Brasil.

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Segundo a agência, o avanço de reformas no Congresso, com o intuito de avanços na economia, como a Reforma Tributária e o arcabouço fiscal foram determinantes para a mudança na nota. Agora, o Brasil se encontra a dois degraus de passar para o grau de investimento, o BBB-.

O resultado causou impacto direto na cotação do dólar nesta quarta, que fechou no menor patamar desde abril do ano passado, sendo negociado a R$ 4,72, queda de 0,44%.

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Mercados nesta manhã

– Dow Jones Futuro – 35.761 (+0,22%)

– S&P 500 Futuro – 4.625 (+0,65%)

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– Nasdaq Futuro – 15.815 (+1,31%)

– Ibovespa – 122.560 (+0,45%)

– Shanghai – 3.216 (-0,20%)

– Nikkei 225 – 32.920 (+0,82%)

– FTSE 100 – 7.695 (+0,23%)

*Valores consultados às 9h10.

Calendário Econômico

Confira os principais eventos econômicos desta quinta-feira:

Brasil: Empréstimos Bancários/Jun (8h30), IPP/Jun (9h), Índice de Evolução de Emprego do CAGED/Jun (14h)

Estados Unidos: Pedidos Contínuos por Seguro-Desemprego/Jun (9h30), Preços do PCE/Jun (9h30), PIB 2T23 (9h30), Balança Comercial/Jun (9h30)

Espanha: Vendas no Varejo/Jun (4h), Taxa de Desemprego (4h)

Zona do Euro: Decisão da Taxa de Juros (9h15), Coletiva de Imprensa do BCE (9h45), Discurso de Christine Lagarde (11h15)

Balanços: Brasil (Vale, Multiplan, Hypera, Intelbras), EUA (Amazon, Mastercard, Nestle, McDonald’s, Shell, Intel, Volkswagen, Ford, Mercedes Benz)

3. Temporada de balanços

Ibovespa em alta, reação aos juros dos EUA e o que mais movimentará esta quinta
Vale divulgará resultado após o pregão desta quinta /Foto: Getty Images

Depois do Santander (SANB11) abrir a temporada de balanço para os bancões, nesta quinta, após o pregão, é a vez da Vale (VALE3), companhia de maior peso no Ibovespa, anunciar o seu resultado para o segundo trimestre. As estimativas do mercado apontam para uma receita de R$ 48,155 bilhões no 2T23.

O dia que começou com a aérea Gol (GOLL4) reportando um lucro de R$ 556 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,8 bilhões do mesmo período do ano passado, ainda contará com os resultados de Multiplan (MULT3) e Hypera (HYPE3). Nos EUA, o destaque fica pelo balanço da Amazon.

4. Após aumento, Fed deixa em aberto nova alta

As expectativas do mercado de que o Federal Reserve aumentaria os juros dos Estados Unidos em 0,25 p.p. foram confirmadas na tarde desta quarta-feira, e após a breve pausa dos juros no intervalo de 5,0% a 5,25%, a taxa básica norte-americana foi elevada para 5,50%, o maior nível desde 2001.

Após a decisão unânime, o presidente do Fed, Jerome Powell deu uma coletiva para falar sobre o aumento e deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento ainda este ano. Por outro lado, Powell foi taxativo ao afirmar que um corte está descartado num futuro próximo.

5. Bitcoin sobe após decisão do Fed

Em momentos de aumento dos juros, normalmente a tendência para os ativos de alto risco, como o Bitcoin, é enfrentarem uma certa desvalorização, mas após a decisão do Fed nesta quarta, a principal criptomoeda do mercado foi pelo caminho contrário e se valorizou em meio a indefinição monetária dos EUA.

O Bitcoin amanheceu nesta quinta com uma valorização de 1,0% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 29.541, e flertando novamente com o patamar de US$ 30 mil.