Ibovespa fecha com maior pontuação em 6 meses; dólar cai abaixo dos R$ 5,00
Esta é a maior pontuação obtida pelo índice desde janeiro
O Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira (B3), fechou o mercado em pontos positivos em seu maior nível desde janeiro, com uma alta de 1,8%, o equivalente a 112.558 pontos, nesta sexta-feira (02).
Em dados divulgados pela plataforma de assessoria a investidores, TradeMap, esta é a maior pontuação obtida pelo índice em 6 meses, quando em janeiro de 2023, o índice fechou em 113.430 pontos.
Ibovespa – ações
Nesta semana, o índice acumulou cerca de 1,52% na B3, tornando esta a sexta semana consecutiva em campo positivo.
No entanto, não foi apenas o índice que fechou em alta na Bolsa de Valores Brasileira. As ações que tiveram mais ganhos nesta sexta foram: a Cosan (CSAN3), que teve alta de 7,90%; CSN (CSNA3), que aumentou em 4,91%; e CSN Mineração (CMIN3) em alta de 4,47%.
Os papéis da Vale (VALE3), avançaram em 4,2%, assim como também os da Petrobras (PETR4), que tiveram um aumento de 0,8%, se destacando no pregão de hoje. Ambas empresas sustentaram a valorização da Bolsa, junto com os papéis de grandes bancos.
Por mais que houves ganhos e destaque nos pregão desta sexta, também houve perdas de empresas como a Via (VIIA3) que recuou cerca de 10,36%; Magalu (MGLU3) com baixa de 4,68%; e Totvs (TOTS3) com perdas em 4,19%.
O que mudou no pregão de ontem foi que os norte-americanos aumentaram suas posições de venda e dólar em US$ 1,19 bilhão, o que já havia acontecido entre segunda-feira (29) e quarta-feira (31), com um investidor estrangeiro aumentando sua posição de compra em dólar em cerca de US$ 2,33 bilhões.
Dólar
Apesar das ações, papéis e índices fecharem em alta, o dólar não teve bons resultados no fechamento.
Às 13:15 (horário de Brasília), o dólar era negociado em R$ 4,9581, em queda de 0,94%, ficando em desvalorização de 1,19%, no total de R$ 4,9840.
Commodities
Nesta semana houveram importantes acontecimentos no mercado financeiro, como as dúvidas sobre o crescimento global, após os dados econômicos mais fracos da China.
Com as incertezas sobre a retomada na maior economia asiática, os preços das commodities e as moedas ligadas às matérias-primas, os dados de preços no Brasil também contribuem para mudar as perspectivas dos juros no país.
Em um cenário menos atraente para as moedas ligadas a commodities, também houve estimativas para uma possível redução do córrego da divisa brasileira.
O chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia apontou que: “a perspectiva mudou ontem e estamos vendo esse movimento se estender na sessão de hoje” e que “Houve uma melhora para as commodities ontem e um discurso menos conservador de membros do Fed que ajudaram, e esse movimento continua na sessão de hoje”.
Bank of America
Outro destaque desta semana foi Bank of America (BofA), que adquiriu uma posição vendida em dólar contra o real, com uma aposta na valorização do câmbio doméstico, de acordo com um indicado em seu relatório semanal sobre mercados emergentes.
O BofA aproveitou a alta no dólar, para dar início à posição com a moeda americana negociada em R$ 5,08. A instituição possui uma meta de dólar a R$ 4,85.
Segundo os estrategistas do BofA, após a inflação brasileira ter ficado abaixo das estimativas, as esperanças para política de juros estão em conjunto com as projeções feitas pela instituição.
Já que entre os riscos destacados pelo BofA, a posição vendida do dólar contra o real, são citados em uma desaceleração econômica mais acentuada que o esperado pelo país, assim como também as expectativas de preços mais baixos do petróleo.