Ibovespa (IBOV) fecha o mês de fevereiro com 77 ações em queda – ESTOA

Ibovespa (IBOV) fecha o mês de fevereiro com 77 ações em queda

Com pior mês desde junho de 2022, apenas 11 ações avançaram no principal índice da B3


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Ao fechar o último pregão do mês com uma queda de 0,74%, aos 104.932 pontos, o Ibovespa apresentou um dos piores desempenhos registrado no mês de fevereiro.

Sem considerar fevereiro de 2020, quando a bolsa refletiu valores condizentes com os impactos da pandemia de Covid-19, 2023 expressou o pior fevereiro em 22 anos.

Das 88 ações listadas no principal índice da bolsa de valores do Brasil, a B3, somente 11 ações subiram neste último mês.

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Terça-feira (28)

Os resultados da última terça-feira (28) foram, principalmente, puxados pela diminuição do preço do diesel e da gasolina aos distribuidores – projeto aprovado e anunciado na mesma terça-feira.

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Após o anúncio da Petrobras, as ações da petrolífera fecharam com perdas de mais de 2%.

Os novos preços dos combustíveis entraram em vigor nesta quarta-feira (1), com R$ 0,47 para gasolina e R$ 0,02 para o etanol, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Em paralelo a volta dos impostos federais aos combustíveis (gasolina e etanol), implementada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro que tinha validade até 31 de dezembro de 2022. Porém, o projeto foi protelado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim de fevereiro.

Perdas de fevereiro

Contudo, o desempenho de fevereiro foi resultado de uma longa lista de ações do Ibovespa a manifestarem valores negativos. Das 88 ações do indicador da B3, apenas 11 avançaram.

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Ibovespa (IBOV) fecha o mês de fevereiro com 77 ações em queda
Fachada do prédio da B3/Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

Este último mês de fevereiro foi o pior mês desde junho de 2022 para o Ibovespa.

Entre as principais ações, os grandes destaques do mês foram a Azul (AZUL4), com um recuo de quase 40%, e a Gol (GOLL4), com uma queda de 27%. Também no setor de turismo e viagens, a CVC (CVCB3) teve perdas de mais de 31%.

A holding de educação superior, Yduqs (-31,75%), e a Alpargatas (-30,71%) também compuseram os cinco últimos nomes da lista.

De 88, somente 11 ações subiram

Em contrapartida, os papéis a ganharem foram os vinculados a commodities ou de abordagem conservadora, como São Martinho e Itaú, respectivamente.

Simultaneamente a volta da cobrança do PIS/Cofins sobre a gasolina e diesel, que por sua vez alavanca especulações de empresas de produtos renováveis e alternativos, como a São Martinho.

Com um pico de R$ 28,45 por ação, a empresa fechou o pregão da última terça-feira com R$ 27,20. A companhia sucroenergética, no topo, teve um rendimento de 8,76% no segundo mês do ano, seguido da Multiplan, com 5,80%.

Em sequência da Natura (5,29%) e da Tim (3,99%).

Outras companhias presentes nas 11 ações a avançarem foram a Weg (2,99%), Suzano (2,98%), Klabin (2,25%), Embraer (1,47%), Banco do Brasil (0,78%), Ultrapar (0,66%) e, por último, o Itaú (0,45%).

Cenário internacional e nacional

Um dos pontos atrelados ao desempenho de fevereiro, levantados por Einar Rivero, do TradeMap, analisou a incerteza da taxa de juros dos Estados Unidos entre os principais. 

A economia da América do Norte, forte influência na economia global, expressa juros de 4,5% a 4,75% ao ano. Determinado na reunião do Federal Reserve, é estimado da banda atingir 5,25% a 5,5% ao ano.

No Brasil, determinado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), a taxa básica de juros continua em seu maior patamar desde janeiro de 2017.

Da mesma forma que as críticas do presidente Lula ao Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, repercute na bolsa de valores. 

Portanto, juntos, os dois componentes produtores de incerteza geram cada vez mais instabilidade e impactos na economia brasileira.