Ibovespa: veja os altos e baixos do que compuseram seu desempenho em 2022 – ESTOA

Ibovespa: veja os altos e baixos do que compuseram seu desempenho em 2022

As expectativas são de que o índice, afetado por diferentes fatores, termine o ano entre 100 e 110 mil pontos


Advertisement


Advertisement


Representando o desempenho da Bolsa de Valores brasileira, a B3, o Ibovespa é afetado pelas negociações das ações no mercado financeiro.

Dessa forma, o medidor se torna uma maneira de avaliar a reação do mercado sobre acontecimentos, pressionado pela compra e venda de ativos.

Até o fim deste ano, investidores possuem uma visão positiva para o desempenho da bolsa, projetando que o índice atinja o fim de 2022 entre os 100 mil e 110 mil pontos.

Advertisement


Desempenho volátil em 2022

O ano de 2022, no entanto, foi marcado por diversos fatores que afetaram o desempenho da Bolsa de Valores brasileira, fazendo que, durante o período, o índice apresentasse um alto nível de volatilidade.

Em janeiro deste ano, o medidor iniciou aos 103,9 mil pontos, o que, em comparação ao começo de 2021, já apresentava uma queda de 12,7%.

Advertisement


Os primeiros meses do ano foram marcados pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Além de dar início a um ciclo de altas na inflação de diversos países e comprometer a negociação de commodities, as incertezas econômicas também atingiram as negociações dos ativos no mercado financeiro.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

No entanto, o medidor da Bolsa de Valores conseguiu reverter as perdas, mesmo diante das primeiras consequências dos conflitos, e finalizar os cinco primeiros meses do ano com uma alta de 7,15%, aos 111,3 mil pontos. Outro fator que auxiliou a valorização do índice foi o início do afrouxamento das medidas protetivas contra Covid-19.

Advertisement


Apesar do otimismo frente ao cenário econômico mundial, o Ibovespa se depararia com um dos seus piores momentos. Marcado por preocupações envolvendo os cenários exterior e nacional, o índice despencou em 11% até o durante o mês de junho.

Esta é a maior queda mensal desde o mês de março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 começou. Na época, o medidor havia se desvalorizado em 29,9%.

Advertisement


O sexto mês de 2022 marcou a primeira vez no ano em que o indicador da Bolsa de Valores atingia uma pontuação menor do que 100 mil pontos.


Um dos principais fatores que prejudicaram o indicador foi o início da saga do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, na tentativa de controlar a inflação americana. Naquele mês, a autoridade monetária havia decidido aumentar em 0,75 p. p. a taxa de juros, a maior elevação desde o ano de 1994.

O fator foi refletido, também, no mercado acionário do país, fazendo com que o S&P 500, o principal índice americano, tivesse o pior desempenho durante um trimestre desde o ano de 1970.

Em ambiente nacional, a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis também pressionou o indicador brasileiro.

A partir do mês seguinte, no entanto, o mercado acionário do Brasil voltou a crescer, acumulando uma alta de 10,68% entre o começo de julho e o final de agosto, aos 109,5 mil.

Desde então, o Ibovespa opera em volatilidade, reagindo aos acontecimentos políticos, que ganharam força no fim do ano graças às eleições presidenciais.

Ao fim do primeiro pregão após o primeiro turno das eleições, no dia 03/10/2022, o Ibovespa se deparou com uma alta de 5,46%, atingindo os 116 mil pontos. Já no fim do segundo turno, alta de 0,77%.

Até o pregão desta quinta-feira (15), o Ibovespa acumula uma alta de 0,28% desde o começo de 2022.

Expectativas para o fim do ano

Há cerca de duas semanas, a corretora Warren Renascença ouviu 87 investidores do mercado financeiro sobre suas expectativas para o desempenho do Ibovespa ao fim deste ano.

Assim, de acordo com a pesquisa, 48,3% dos investidores projeta que o Ibovespa finalize o ano de 2022 entre os 100 mil e os 110 mil pontos.


Para 28,7% dos entrevistados preveem um resultado ainda mais positivo para o índice acionário, especulando que ele chegue ao fim de 2022 entre 110 mil e 120 mil pontos. 12,6% acreditam que o Ibovespa fechará entre 90 mil e 100 mil, já 6,9% projetam que o medidor se estabeleça abaixo dos 100 mil pontos.

A resposta mais positiva, no entanto, foi a de 3,4%, esperando que o Ibovespa supere a pontuação de 120 mil.

Por volta das 15:35 horas (Horário de Brasília) desta quinta-feira (15), o índice soma uma alta de 0,45%, aos 104,2 mil pontos.