Inter (BIDI11) chega a 20 milhões de clientes perto de migrar para Nasdaq
Banco espera manter a marca registrada neste final de maio e ter uma expansão ainda maior até dezembro
O Banco Inter (BIDI11) está terminando o mês de maio em meio a expectativa pela migração para a bolsa americana de tecnologia, a Nasdaq, mas também tem outro motivo para comemorar: a base de clientes superou a marca de 20 milhões.
O número expressivo, apesar de muito comemorado, não é uma surpresa para os acionistas do banco, tendo em vista o último balanço trimestral divulgado neste mês. Nos primeiros três meses do ano, o número de clientes teve alta de 82%.
A previsão para o decorrer do ano após a migração é de que o Inter consiga manter o crescimento obtido no ano passado, quando teve mais de 8 milhões de contas abertas durante 2021 inteiro.
Crescimento do Banco Inter
Além do crescimento orgânico que o Inter vem passando a cada trimestre, a tendência para esse ano é ir em busca da base de clientes que não são ativos, ou seja, quem não está gerando receita diretamente para o banco.
Atualmente, segundo os últimos resultados trimestrais da companhia, apenas 55% dos clientes são ativos e dão lucro ao banco por meio de operações bancárias ou compras no marketplace do Banco Inter.
Ainda que esse seja um desafio para esse e para os próximos anos, o banco digital tem sido bem avaliado pelos clientes de uma maneira geral e está entre os mais bem ranqueados com relação a avaliação de NPS, índice que mede a satisfação do cliente, com uma nota 83.
O maior desafio além de tentar ativar esses 45% de clientes em 2022, será superar a turbulência econômica atual, que tem feito com que haja uma turbulência nas bolsas devido aos altos níveis de inflação, além da escalada de juros. Justamente por isso o banco digital deve optar por diversificar seus riscos e suas receitas.
O Banco Inter tem como sua principal fonte de receita, os cartões, que proporcionam cerca de 30% do total dos rendimentos do banco. Outros produtos com potencial para gerar receita e ativar seus clientes são as receitas oriundas do marketplace do Inter, o Inter Shop, que representam 19% do total.
O marketplace no ano passado foi um fator preponderante para o crescimento apontado pelo banco digital. Depois dos oito primeiros meses do ano, as vendas no Inter Shop, fizeram o banco arrecadar R$ 2 bilhões. O chamariz por trás disso está no cashback, que desde a criação do marketplace já devolveu mais de R$ 200 milhões.
Migração
Após tentativa frustrada em dezembro do ano passado de migrar os seus papéis para a Nasdaq após desistir da mudança, o Banco Inter retomou a proposta e recebeu a aprovação dos acionistas para a migração para a bolsa norte-americana.
A ideia do Inter com a mudança é de que agora ao listar ações nos Estados Unidos, por meio da Inter&Co, como será chamada a holding, haverá um fortalecimento da companhia como uma empresa global de tecnologia.
Às vésperas de concluir o que vinha sendo estudado desde dezembro, a expectativa por parte dos acionistas é de quando os papéis começarão a ser listados na Nasdaq. A previsão segundo o próprio banco é de que no próximo dia 20 seja concluída a reorganização societária que fará com que o Inter saia da B3 e migre para a bolsa norte-americana.
Com isso em mente é provável que as ações do banco digital comecem a ser listadas na Nasdaq na última semana do mês de junho caso o cronograma não se altere até lá por algum problema que possa vir a ocorrer.
Criptomoeda
No início do ano, o Banco Inter adquiriu a fintech norte-americana Usend com o intuito de iniciar as tratativas para começar a operar nos Estados Unidos. Com a aquisição, o banco e a fintech ampliaram a oferta de produtos financeiros e não financeiros para seus respectivos clientes.
Além desses serviços, a nova companhia, a Inter Usend teve um documento vazado no início de maio que indicava a possibilidade do banco digital começar a operar cripto, tendo em vista que a Usend prestará suporte às operações de criptomoedas utilizando tecnologia blockchain.