Itaú BBA eleva preço-alvo das ações da Hypera (HYPE3)
A revisão ocorreu após o acordo de leniência
Depois do fechamento do acordo de leniência por parte da companhia farmacêutica Hypera (HYPE3), o banco de investimentos Itaú BBA aumentou o preço alvo das ações da companhia, prevendo alta de 24% com base no fechamento desta quinta-feira (09).
Os analistas do banco também levaram em consideração o modelo de negócios da empresa e o potencial de forte crescimento das receitas.
Preço-alvo da Hypera
Em relatório distribuído nesta sexta-feira (10), os analistas do Itaú BBA aumentaram o preço-alvo das ações da Hypera Pharma de R$ 39,00 para R$ 48,00, prevendo uma lata de 24% até o final do ano, considerando o final do pregão de ontem (09), quando seu preço sua precificação atingiu os R$ 38,68.
A revisão ocorreu após a companhia firmar o acordo de leniência em conjunto à Controladoria-Geral da União (CGU) na semana passada. O documento foi proposto após a descoberta de esquemas de propinas envolvendo a governança da empresa.
A classificação de outperform (performance acima da média dos players do mercado) também foi mantida pelo banco de investimentos.
De acordo com os analistas do Itaú BBA, “Com o fim das preocupações envolvendo o acordo de leniência, nossa visão construtiva sobre Hypera é apoiada com perspectiva de crescimento robusto e um modelo de negócios defensivo”.
Eles afirmam, ainda, que os termos estabelecidos pelo acordo foram “melhores do que o esperado”. O documento firmado juntamente à CGU prevê o pagamento de R$ 110 milhões pelo fundador da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, além da manutenção dos incentivos fiscais.
Além disso, os analistas também destacam a performance da companhia no mercado das companhias de saúde. “A Hypera tem reportado os melhores resultados entre as companhias listadas do setor de saúde, impulsionados por uma performance sólida da receita orgânica. Esperamos que a companhia continue a entregar forte crescimento orgânico e ganhos de participação de mercado”, concluem.
Em conjunto à revisão do preço-alvo de suas ações, o Itaú BBA também apresentou suas previsões acerca da receita líquida da empresa. De acordo com o banco de investimentos, a Hypera deve apresentar um crescimento de 24% na receita líquida consolidada e, para o ano de 2023, uma alta de 14% Isso, pois a integração dos portifólios do Buscopan, Takeda e Sanofi movida pela compra das companhias representa um grande passo à Hypera no mercado farmacêutico.
Além disso, os analistas ressaltam o modelo de negócios da empresa, considerado defensivo, e o potencial de grande crescimento de suas receitas, de maneira orgânica e com as recentes integrações.
As quantias esperadas são, respectivamente, de R$ 1,612 bilhão e R$ 1,986 bilhão.
Depois da revisão do preço-alvo para o ano de 2022, as ações da Hypera (HYPE3) apresentaram valorização. Seus ativos somaram às 16:13 horas (Horário de Brasília) uma alta de 1,47%, atingindo os R$ 39,25.
Acordo de leniência
O acordo em questão foi assinado pela Hypera no dia 31 de maio. Em Fato Relevante distribuído ao mercado no dia 1º de junho, a companhia anunciou o firmamento do acordo de leniência.
Assinado em conjunto ao CGU, a companhia destaca o pagamento de R$ 110 milhões e o compromisso de ser acompanhada pela Controladoria-Geral da União durante 18 meses, medida chamada de “plano de desenvolvimento de seu Programa de Integridade”.
No entanto, também foi ressaltado que o acordo de leniência não altera aspectos operacionais, fiscais e regulatórios da Hypera.
O acordo foi estabelecido após o anúncio da apuração interna da companhia para investigar pagamentos indevidos pela empresa. Em Fato Relevante, publicado em maio de 2020, a Hypera confirmou as suspeitas.
As apurações foram feitas em conjunto à Operação Tira-Teima, movida pelo Ministério Público Federal. No dia em que as constatações foram publicadas, as ações da Hypera se valorizaram em 7,66%.