Itaúsa (ITSA4) conclui compra de fatia da CRR e rating é elevado – ESTOA

Itaúsa (ITSA4) conclui compra de fatia da CRR e rating é elevado

A conclusão do negócio foi seguida da melhora na avaliação de crédito corporativo


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Nesta segunda-feira (12), a holding de capital aberto Itaúsa (ITSA4) concluiu a compra de uma parcela da companhia de de concessão de infraestrutura e mobilidade CCR (CCRO3), além de indicar mudanças no Conselho de Administração da companhia.

Em seguida, nesta terça-feira (13), a agência de avaliação de risco de crédito norte-americana elevou a avaliação de crédito corporativo (rating na sigla em inglês) da holding brasileira.

Conclusão da aquisição

O fechamento do negócio foi anunciado em Fato Relevante publicado após o fechamento do pregão desta segunda-feira. Nele, a companhia confirma a aquisição de 10,33% do capital social da CCR, o equivalente a 208.669.918 ações pela quantia de R$ 2,9 bilhões.

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A compra foi de 10,33% do capital social da CCR/Foto: Dica de Hoje

A operação foi divulgada pela primeira vez em março deste ano. Inicialmente, a holding estimava adquirir o total de 14,86% do capital da companhia — ações detidas pela Andrade Gutierrez Participações S.A — pelo valor total de R$ 4,1 bilhões.

No entanto, em Fato Relevante publicado no dia 05 de julho deste ano, dia da assinatura do contrato para a compra,  a Itaúsa confirmou que o total a ser adquirido seriam os 10,33%. 

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Na época, a companhia afirmou que o financiamento seria feito através da combinação dos seus recursos próprios, “não sendo esperados efeitos relevantes da Transação no resultado da Itaúsa neste exercício social”.

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Dessa forma, a conclusão do negócio se deu com recursos provenientes da 5ª emissão de debêntures realizada pela holding no dia 8 de agosto de 2021, em conjunto com fundos do Banco Votorantim, dando início, também, ao acordo de acionistas estabelecido no contrato.

Este acordo faz com que cada uma das partes envolvidas no negócio tenha o direito de indicar dois conselheiros de administração e um membro para cada um dos comitês de assessoramento: Gente e ESG; Auditoria, compliance e riscos; Resultado e Finanças e Novos Negócios.

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Assim, a holding divulgou a indicação de Roberto Setubal, atualmente copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, e Vicente Assis, ex-presidente da McKinsey.

A holding realizou sua última emissão de debêntures no ano passado/Foto: FiiBrasil

Ao final do pregão desta segunda-feira (12), data em que a companhia divulgou a conclusão do negócio, as ações da Itaúsa (ITSA4) fecharam em alta, com uma valorização de 2,04%, atingindo os R$ 9,52.

Em conclusão, a empresa afirma que “esse investimento será reconhecido pelo método de equivalência patrimonial, contudo não são esperados efeitos relevantes nos resultados da Itaúsa neste exercício social”.

O documento foi assinado pelo diretor de Relações com Investidores da Itaúsa, Alfredo Egydio Setubal.

Rating é elevado

Em sequência à conclusão do negócio, nesta terça-feira (13), a agência de avaliação de risco Moody’s, que atua internacionalmente, elevou o rating da Itaúsa de “AA.br” para “AA+br”, além de estabelecer a perspectiva de crédito corporativo da empresa como estável.

A classificação foi atribuída ao crédito corporativo e às 3ª e 4ª emissões de debêntures. De acordo com a agência, a elevação se deve à diversificação da carteira de investimentos da holding de capital aberto, que vem se intensificando.

Além disso, a manutenção de baixos níveis de alavancagem e posição caixa e colchão de liquidez confortáveis também foram citados pela agência de avaliação.


Nesta terça-feira (13), após divulgar a elevação de rating, as ações da Itaúsa (ITSA4) se desvalorizaram. Seus papéis somaram às 15:06 horas (Horário de Brasília) uma queda de 1,26%, atingindo os R$ 9,40.

No período de seis meses, os papéis da holding apresentaram uma desvalorização de 4,95%. No acumulado do ano, elas caíram em 11,23%.

Segundo a Itaúsa, a elevação demonstra a prudência da companhia na “gestão financeira e do seu nível de alavancagem, bem como a disciplina na alocação eficiente do capital e busca pela criação sustentável de valor aos acionistas e à sociedade”.