Magalu (MGLU3) anuncia sua própria Fintech e cartões para lojistas
Dando continuidade ao seu plano de expansão, a companhia vai unir suas fintechs e serviços financeiros
A varejista Magazine Luiza (MGLU3) anunciou nesta quinta-feira (12) o lançamento de sua própria fintech, a Fintech Magalu. Esse serviço engloba todas as companhias focadas em serviços financeiros digitais, além de inaugurar mais dois serviços.
Fintech Magalu
Junto com a sua estreia no setor financeiro, a varejista também anunciou duas novas ferramentas implementadas pela sua fintech. O primeiro deles é o lançamento de um cartão de crédito destinado a empresas cadastradas no Magalu. Este serviço, segundo a companhia, vai complementar as maquininhas Magalu, que estrearam no ano passado. A gama de clientes potenciais, segundo a varejista, se aproxima dos 160 mil.
A segunda medida implementada pela fintech é a possibilidade de empréstimo para pessoas físicas. Essa ferramenta, no entanto, será focada em clientes que já estão cadastrados no aplicativo do Magalu. Segundo a companhia, a base de usuários já se aproxima dos 10 milhões de 45 milhões registrados em sua plataforma, e as taxas de juros mensais em torno dos empréstimos serão de 4% a 5%, com base em sua análise.
As empresas que utilizarem do cartão de crédito oferecido pelo ecossistema Magalu vão, ainda, contar com um programa de recompensas. Dessa maneira, as companhias poderão trocar os pontos obtidos pela utilização desse serviço em descontos e benefícios dentro das lojas presentes em seu ecossistema.
A Fintech Magalu vai, ainda, funcionar como um guarda-chuva para as outras fintechs adquiridas pela varejista, como o Bit55, Stoq e Hub Fintech. Isso faz com que os seus serviços financeiros sejam unificados na nova companhia.
Segundo a varejista, o serviço vai nascer como um dos 10 maiores presentes no Brasil. O diretor da Fintech Magalu, Robson Dantas, afirmou que o processo de homologação já se encontra no fim, e que a implementação já está finalizada.
O cartão para companhias será de total administração da Magalu. No entanto, os empréstimos pessoais oferecidos pela sua fintech serão operados pela joint venture da companhia com o Itaú Unibanco, a chamada Luizacred que, segundo Dantas, fez com que a companhia tivesse uma experiência de 20 anos na área.
Além disso, os clientes que quiserem sacar o valor do empréstimo, ou tirar dúvidas em relação aos serviços e produtos ofertados pela companhia podem comparecer às mais de 1.500 lojas espalhadas pelo Brasil.
A fintech vai, ainda, utilizar os serviços da KaBuM!, que é uma empresa do Grupo Magalu, para ingressar no open finance.
Utilização da KaBuM!
Ao idealizar sua própria fintech, a Magalu vai se apropriar dos serviços da KaBuM! para entrar no ramo de open finance. Segundo Dantas, o site de eletrônicos vai funcionar como um iniciador de pagamentos.
O site de eletrônicos foi adquirido pelo Grupo Magalu no ano passado, e a ideia é melhorar a experiência dos clientes que utilizam o Pix como meio de pagamento. Segundo o executivo, seu objetivo é conectar as pessoas dentro do ecossistema criado pela Magalu.
Depois de anunciar sua nova fintech, as ações da Magalu apresentaram um bom desempenho no dia de hoje (12). Às 14:34 horas (Horário de Brasília), suas ações somaram uma valorização de 3,82%, fazendo com que seu preço atingisse os R$ 4,08.
A iniciação da KaBuM! no e-commerce, segundo Dantas, está pronta para começar a ser utilizada. No entanto, ainda é necessário a homologação pelo Banco Central.
Apesar da alta em suas ações, e das medidas adotadas pela companhia para expandir seu ecossistema, o setor varejista foi um dos mais impactados pelas altas nas taxas de juros e inflação neste ano, fazendo com que os primeiros meses de 2022 fossem difíceis para a Magalu.
Em um período de 6 meses, por exemplo, é possível notar uma desvalorização de 63,41% em suas ações, mostrando o claro impacto das altas.