Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3) apresentam resultados negativos no 3T22 – ESTOA

Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3) apresentam resultados negativos no 3T22

Especialistas apontam que as três principais empresas de e-commerce divulgaram números fracos de forma geral


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Na noite desta quinta-feira (10), os varejistas Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3) apresentaram prejuízos em seus balanços referentes ao terceiro trimestre de 2022 (3T22). Apesar dos números negativos, as corretoras Eleven, Genial e TradeMap pontuam que o Magazine foi quem se saiu melhor.

O Credit Suisse, apontou em relatório antes da abertura do mercado, que a princípio, esperaria uma reação neutra para MGLU3, enquanto AMER3 e VIIA3 provavelmente reagiram negativamente levando em conta apenas o resultado, uma vez que a primeira apresentou um desempenho relativo melhor.

“De modo geral, as empresas continuam focando na rentabilidade em detrimento do crescimento, em nossa visão”, aponta. O Bradesco BBI também aponta que as três principais empresas de e-commerce divulgaram números fracos de forma geral.

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Magazine Luiza

O Magazine Luiza apresentou um prejuízo de R$ 166 milhões entre julho e setembro deste ano, revertendo o lucro de R$ 143 milhões referente ao mesmo período de 2021. 

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A receita líquida da companhia subiu 2,3% na comparação anual, atingindo R$ 8,8 bilhões, impactada pelo crescimento nas vendas em todos os canais.

As vendas totais do varejista cresceram 2,2% no terceiro trimestre e atingiram R$ 14,2 bilhões, reflexo do aumento de 2,6% no e-commerce, que atingiu R$ 10,2 bilhões, e alta de 1,4% nas lojas físicas, atingindo R$ 3,9 bilhões.

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No entanto, o Magalu sofreu com as despesas financeiras, que cresceram 228,4% na comparação anual, para R$ 668,6 milhões.

O varejista teve uma importante recomposição de margens devido ao ganho de escala do digital e melhor performance de lojas físicas. Mesmo diante de um cenário desafiador para o e-commerce no Brasil que caiu 10,5% no trimestre.

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Além disso, em meio a um cenário altamente competitivo, a companhia aumentou sua rentabilidade.

Magalu; Via e Americanas confira os resultados apresentados /Foto: rupixen.com/Unsplash

Americanas

A Americanas foi altamente impactada por uma deterioração na demanda de produtos de alto tíquete, especialmente telefones celulares, que respondem por uma parcela importante das vendas 1P (estoque próprio) da companhia.

O prejuízo líquido consolidado foi de R $211,5 milhões no terceiro trimestre de 2022. O montante representa uma reversão em relação ao resultado do mesmo período de 2021, de lucro de R$ 240,5 milhões.

O Ebitda ajustado mostrou recuo de 21,6% ano a ano, a R$ 582 milhões, com margem de 10,7%, queda de 1,1 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2021.


A companhia totalizou receita líquida de R$ 5,43 bilhões no trimestre. Diante de uma despesa financeira maior, o varejista teve uma queima de caixa de R$ 2,1 bilhões.

No pregão após a divulgação do balanço, AMER3 recuava 2,14%, valendo R$ 12,37.

Via

A Via obteve um prejuízo contábil de R$ 203 milhões no terceiro trimestre do ano, melhorando o resultado em relação ao mesmo período de 2021.

O fraco desempenho do faturamento levou a uma desalavancagem operacional, que reduziu o Ebitda ajustado em 29% para R$ 475 milhões (margem de 6,8%, 2,30 pontos percentuais abaixo do registrado no 3T21). 

A receita da varejista foi de R$ 7 bilhões, com queda anual de 4,6%, resultado de uma retração de 7,6% no GMV (volume de mercadorias).

A companhia também sofreu com o aumento das perdas de crédito sobre a carteira ativa que atingiu 5,8% (versus 3,6% no início de 2022), em função dos maiores índices de inadimplência. Do lado positivo, o desembolso de caixa relacionado a contingências trabalhistas permanece abaixo do guidance inicial.

“Enxergamos que, dentro de suas limitações, a Via tem caminhado para uma rentabilização de suas operações. Com uma estrutura de custos e despesas mais enxutas, a varejista mostrou mais um trimestre de forte recomposição operacional”, aponta a Genial Investimentos.