Meta (M1TA34) anuncia novo corte de mais 10 mil postos de trabalho
Além das demissões, a empresa também deve congelar mais de 5 mil vagas no mundo todo
Na última terça-feira (14), Mark Zuckerberg, CEO da Meta (M1TA34), anunciou que a empresa proprietária das plataformas Facebook, Instagram, e também do WhatsApp, irá cortar mais 10 mil postos de trabalho, seguida da primeira onda de 11 mil demissões que ocorreu em novembro do ano passado.
Em comunicado aos colaboradores, o executivo explicou que os cortes devem iniciar em abril, a começar pelas equipes de tecnologia.
“Vai ser difícil e não tem jeito. Isso significa dizer adeus a colegas talentosos e apaixonados que fizeram parte do nosso sucesso. Eles se dedicaram à nossa missão e sou pessoalmente grato por todos os seus esforços”, disse.
Nova rodada de demissões
De acordo com a empresa, o objetivo das demissões é cortar despesas e aumentar a eficiência. Zuckerberg disse também que a companhia eliminará determinadas áreas de gerência, mantendo a operação mais enxuta.
“Outros cronogramas de eficiência relevantes incluem a segmentação neste verão para concluir nossa análise de nosso ano de aprendizado de trabalho híbrido, para que possamos refinar ainda mais nosso modelo de trabalho distribuído. Também pretendemos ter um fluxo constante de aprimoramentos de produtividade do desenvolvedor e melhorias de processo ao longo do ano”, escreveu o CEO.
A empresa também deve congelar mais de 5 mil vagas em aberto em todo o mundo. Ao todo, contando com as demissões que ocorreram no ano passado, mais de 20 mil funcionários já foram desligados da empresa.
Os funcionários da Meta já se mostravam prontos para as demissões, pois, Zuckerberg fala sem escrúpulos sobre a priorização de projetos e investimentos, ao nomear 2023 como “o ano da eficiência” em algumas teleconferências de resultados dos últimos meses.
As chamadas big techs querem agora expandir e conquistar novos mercados para ampliar fluxos financeiros.
A Google e a Microsoft apostam no desenvolvimento de programas de inteligência artificial. A desenvolvedora do Windows anunciou um investimento de US$ 10 bilhões na OpenAI, criadora do ChatGPT, que é a IA do momento.
A Apple segue estável sendo a única das gigantes que não demitiu em massa, e já vem colhendo os frutos em aplicações em outros setores que não são os celebrados dispositivos da empresa.
Motivo das demissões na Meta
Em 2020, a plataforma realizou diversas contratações em meio a pandemia de Covid-19 conforme a demanda por serviços digitais aumentava, o quadro de funcionários da companhia obteve um crescimento de 30%.
A Meta possuía um quadro de aproximadamente 87 mil funcionários no mundo inteiro.
Contudo, em 2022, a companhia teve uma queda nos rendimentos com publicidade, e obteve uma receita menor do que foi projetada, o que incidiu na primeira rodada de cortes que ocorreu em novembro.
Zuckerberg alterou o centro dos investimentos da empresa para a realidade virtual, através do metaverso, que, segundo ele, se tornará uma grande plataforma da computação num futuro próximo.
No início de 2023, a Meta iniciou um processo interno de reestruturação nomeado de “achatamento”, ao excluir alguns postos intermediários e pondo outros colaboradores em cargos de gerência.
“No início da Covid, o mundo mudou rapidamente para o online e o aumento do comércio eletrônico levou a um crescimento desproporcional da receita. Muitas pessoas previram que essa seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o término da pandemia. Eu também, então tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não aconteceu do jeito que eu esperava”. Disse Zuckerberg.
O CEO da companhia afirma que os funcionários demitidos irão receber benefícios como, mais 16 semanas de salário-base, mais duas semanas adicionais para cada ano de serviço, pagamento do plano de saúde por mais seis meses, três meses de suporte de carreira e apoio à imigração.