Petrobras (PETR4) anuncia nova política de preços; veja como isso afeta o consumidor – ESTOA

Petrobras (PETR4) anuncia nova política de preços; veja como isso afeta o consumidor

A estatal deve abandonar a paridade para importação do petróleo


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A Petrobras (PETR4) anunciou nesta terça-feira (16) sua nova política de preços para os combustíveis, abandonando a paridade com o dólar e o mercado internacional das importações de petróleo.

Com a mudança, de acordo com a estatal, o novo modelo adotado traz mais flexibilidade para que a empresa pratique preços competitivos.

Fim da paridade de preços

O fim do sistema em vigor desde 2016 foi anunciado no dia de hoje em Fato Relevante publicado pela companhia.

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Nele, a Petrobras confirma a substituição do modelo que parea o preço dos barris de petróleo e combustíveis derivados no mercado interno aos praticados no exterior. Oficialmente, ele era chamado de Preço de Paridade de Importação (PPI).

Imagem ilustrativa/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Segundo o documento, a estratégia comercial atual, aprovada pela Diretoria Executiva da estatal na última segunda-feira (15), deve utilizar duas referências de mercado, o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras”.

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A primeira é composta pelos valores oferecidos pelas principais alternativas presentes no mercado, como os de fornecedores de produtos similares ou substitutos. 

A segunda referência é, por sua vez, baseada no custo de oportunidade dado a diversas alternativas para a Petrobras.

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Na prática, segundo a empresa, isso garante com que os preços praticados permitam a conclusão de investimentos previstos em seu planejamento estratégico.

Apesar disso, também é afirmado que os reajustes devem continuar a serem feitos sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

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Articulação dos preços

No Fato Relevante, a Petrobras também diz que as decisões relacionadas à estratégia comercial da estatal, ainda subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço da empresa, devem estabelecer preços competitivos por polo de venda.

Eles devem, ainda, serem estabelecidos “em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”.

A petroleira conclui, ainda, que “com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”.

Qual o impacto ao consumidor?

Logo após anunciar o novo modelo para a orientação dos preços, a Petrobras também divulgou uma redução de R$ 0,40 no litro da gasolina para as distribuidoras. O reajuste deve passar a valer a partir desta quarta-feira (17).

Apesar disso, a empresa não revela a fundo como os novos valores serão determinados, portanto, não é possível dizer se a mudança será totalmente positiva para o bolso do consumidor.

Imagem ilustrativa/Foto: Terra

Adriano Pires, diretor e Sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), afirmou ao g1 que o documento “tumultua o mercado”, além de ser confuso.

Para analistas do Bradesco BBI, caso as variáveis macroeconômicas permaneçam da forma como estão, poucas mudanças nos preços estão projetadas.

“Se as variáveis macro estiverem estressadas para cima, acreditamos que a Petrobras não repassará a volatilidade para o mercado doméstico, deixando o caixa na mesa”, afirmaram.

Além disso, para o CFO da Somus Capital, Luciano Feres, mesmo que os preços caiam com a nova política de preços, o resultado não será tão expressivo ao consumidor final, algo entre 20% e 30% do petróleo refinado é importado.

Para estabelecer o direcionamento dos preços, portanto, a empresa deve se atentar aos seus custos acima de tudo.

Histórico de precificação

Antes de anunciar a mudança, a política de preços da estatal era regida pelo Preço de Paridade de Importação, também conhecido como PPI, estabelecido em 2016 durante o mandato de Michel Temer.

Na época, a Petrobras afirmou que a decisão “poderia” culminar na redução dos preços dos combustíveis no Brasil.

Ações reagem

Diante do anúncio de uma nova política de preços, as ações da petroleira acumulam altas durante o pregão desta terça-feira (16).

Os ativos da Petrobras (PETR4) somam, desta maneira, uma alta de 3,23% às 15:24 horas (horário de Brasília), atingindo os R$ 26,49.