Petroleiros anunciam paralisação contra a venda de ativos da Petrobras (PETR4) – ESTOA

Petroleiros anunciam paralisação contra a venda de ativos da Petrobras (PETR4)

Além disso, a classe também avalia greve em oposição à medida


Advertisement


Advertisement


Na última segunda-feira (20), a FUP (Federação Única dos Petroleiros) anunciou que uma paralisação nacional das atividades deve ser iniciada na próxima sexta-feira (24) como uma forma de protesto contra a venda de ativos da Petrobras (PETR4).

Além disso, dentre as medidas aprovadas pela federação na última sexta-feira (17), está um calendário de assembleias destinadas a avaliar um possível movimento de greve como oposição.

Paralisação dos petroleiros

A medida ocorre pouco depois da gestão atual da empresa, liderada por executivos determinados ainda no último governo, darem aval positivo para o processo de venda de ativos da Petrobras.

Advertisement


Para que isso seja feito, a administração da companhia, após realizar análises preliminares, retomar o processo, que envolve ações que possuem assinatura em seus contratos de venda.

Dentre os cinco projetos que compõem a lista, estão a fábrica de fertilizantes Lubnor, no estado do Ceará, e alguns polos de produção no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo.

Advertisement


Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor)/Foto: Petrobras

Dessa maneira, como oposição à decisão, a FUP informou, em nota divulgada, que “na sexta, dia 24, trabalhadoras e trabalhadores petroleiros de todo o Brasil irão cruzar os braços em uma grande paralisação nacional […]”.

A federação mostra-se, ainda, a favor da “saída da gestão bolsonarista”, atribuindo a decisão ao tipo de organização administrativa com a qual a empresa estava lidando nos últimos anos.

Advertisement


Ao total, as transações já assinadas pela petroleira somam mais de US$ 2 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 10,4 bilhões.

Em nota, a FUP diz, ainda, que, apesar da presidência da empresa ter sido alterada com o início do governo Lula, com a liderança de Jean Paul Prates, a “diretoria e o Conselho de Administração da empresa ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro”.

Advertisement



A federação também acusa a gestão de”correr contra o tempo” para concluir a venda dos ativos em questão e de atuar contra as “propostas de reconstrução da estatal”.

Apesar da manifestação publicada pelo órgão que representa a categoria de petroleiros, a própria Petrobras ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Nomes indicados a ocupar o conselho da petroleira, seja pela União ou por Paul Prates, o atual presidente da companhia, passam, atualmente, por testes para atestar sua integridade e elegibilidade.

Os novos integrantes recomendados pela União, no entanto, devem passar por avaliação em assembleia de acionistas até o fim do mês de abril.

As ações da Petrobras (PETR4) se valorizaram durante o pregão desta terça-feira (21), acumulando uma alta de 2,31% por volta das 15:00 horas (horário de Brasília), atingindo os R$ 23,46.

Suspensão da vendas de ativos

No início deste mês, a Petrobras afirmou que teria recebido do Ministério de Minas e Energia um pedido para que a venda de ativos fosse suspensa pelo período de 90 dias.

Como justificativa, a pasta recomendou a reavaliação da Política Energética Nacional e da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Posteriormente, na última sexta-feira (17), a empresa afirmou que a recomendação foi encaminhada ao Conselho de Administração para apreciação.

Além disso, na época, a companhia também informou que procedeu “o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso […]” e que, até aquela data, não teria verificado fundamentos “pelos quais os projetos em que em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos”.

Além disso, a empresa também confirmou que os processos em que não houveram contratos assinados continuarão sob análise.