Reações à chegada do Bard no Brasil, temporada de balanços e o que mais movimenta o mercado nesta sexta
Mercados devem ficar de olho em cenário político e corporativo
Os investidores amanhecem nesta sexta-feira (14) de olho em notícias do cenário político e econômico, após o segundo pregão seguido com forte alta do Ibovespa. Entre os principais destaque do índice nesta quinta estiveram as ações da Alphabet (GOGL34) com o lançamento do Bard, e também de empresas ligadas às commodities, que viram os seus papéis subirem ao longo do dia.
Companhias como Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3) – as duas com maior peso no índice – apresentaram altas de 1,58% e 2,33%, respectivamente no último pregão, e influenciaram diretamente na alta de 1,36% do índice, aos 119.264 pontos.
O cenário externo também exerceu influência sobre o Ibovespa nesta quinta, com os investidores reagindo bem aos dados de inflação ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que apontou para uma desaceleração dos preços, resultando no avanço das bolsas norte-americanas.
2. Ações do Google disparam com chegada de Bard ao Brasil e Europa
A chegada do Bard, chatbot anunciado pela Alphabet (GOGL34) há cinco meses e lançado mundialmente há dois meses, no Brasil e nos países da Zona do Euro, fizeram com que os papéis da big tech na bolsa brasileira se valorizassem ao longo do último pregão. O robô já havia sido lançado em 180 países, mas demorou para chegar por aqui devido a ajustes de traduções, segundo o Google.
O lançamento do chatbot que foi anunciado há meses atrás como um rival de peso para o ChatGPT da OpenAI, fez com que as ações da Alphabet fechassem com uma alta de 4,59% nesta quinta. A princípio, o robô ainda está em fase de testes, mas já está disponível em 40 idiomas.
Mercados nesta manhã
– Dow Jones Futuro – 34.741 (+0,44%)
– S&P 500 Futuro – 4.548 (+0,10%)
– Nasdaq Futuro – 15.709 (-0,02%)
– Ibovespa – 119.264 (+1,36%)
– Shanghai – 3.237 (+0,04%)
– Nikkei 225 – 32.391 (-0,09%)
– FTSE 100 – 7.451 (+0,16%)
*Valores consultados às 8h37.
Calendário Econômico
Confira os principais eventos econômicos desta sexta-feira:
Brasil: Vendas no Varejo/Mai (9h)
Estados Unidos: Índice de Preços de Exportação e Importação/Jun (9h30), Expectativas de Inflação (11h) e Confiança do Consumidor-Univ.Michigan/Jul (11h), Balanços (JPMorgan, Wells Fargo, BlackRock, Citigroup, First Republic Bank)
Japão: Produção Industrial e Uso da Capacidade Instalada/Mai (1h30)
Zona do Euro: Balança Comercial/Mai (6h)
3. Troca de ministros
Na tarde desta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o que já vinha sendo ventilado nas últimas semanas: a troca de ministros na pasta de Turismo. Em reunião com o deputado federal Celso Sabino (União Brasil), ele oficializou a substituição de Daniela Carneiro, que teve o seu nome desgastado nos últimos meses.
Nos próximos dias, a troca oficial e a nomeação de Sabino para a pasta deverá ser oficializada no Diário Oficial da União. A troca também significa para Lula como um movimento para melhorar a sua articulação no Congresso, visto que o União Brasil tem a maioria das cadeiras na Câmara e forte presença no Senado.
4. Temporada de balanços no exterior
Os investidores internacionais amanheceram nesta sexta em meio à expectativa de conhecerem os primeiros resultados trimestrais de grandes empresas dos Estados Unidos. O início da temporada de balanços por lá será dominado por grandes bancos, como o JPMorgan, Citigroup, Wells Fargo e First Republic Bank.
Os dados do segundo trimestre do ano serão observados de perto por analistas e investidores que buscam por indicativos para saber como essas grandes companhias estão lidando com o cenário de aperto monetário, a fim de conhecer os impactos nas linhas sobre receita líquida, lucro e nas despesas com juros, que devem subir para cerca de US$ 78,7 bilhões, segundo estimativas da Bloomberg.
5. Criptomoeda da Binance deixa Top 4 em valor de mercado
Após a vitória da Ripple Labs contra a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), a moeda nativa da Binance, o BNB Chain perdeu o seu posto de quarta maior criptomoeda em valor de mercado, passando o lugar justamente para a moeda nativa da Ripple, a XRP.
O processo da SEC contra a empresa corria desde 2020, sob alegações de que a negociação da XRP em exchanges era uma espécie de oferta e venda de contratos de investimento. A vitória fez com que a cripto disparasse mais de 70% nas últimas 24 horas.