Reações ao novo arcabouço fiscal e o que mais é notícia nesta sexta-feira
Após o tão esperado anúncio do novo arcabouço fiscal, o mercado brasileiro continuará repercutindo a proposta apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva, ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do secretário do Tesouro, Rogério Ceron. A nova regra fiscal é tida como uma aposta do novo governo para melhorar a economia brasileira e equilibrar as contas públicas.
O texto do novo arcabouço prevê um modelo mais flexível do que o antigo teto de gastos que passou a vigorar durante o governo do ex-presidente Michel Temer. A nova regra limita o crescimento das despesas federais a 70% da receita primária do ano anterior. O desenho ainda propõe uma margem de 0,6% a 2,5% para a União gastar a mais, descontados os impactos da inflação.
2. Taxa de desemprego sobe no Brasil
Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou uma nova leitura da PNAD Contínua, pesquisa que traz dados com relação ao mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o IBGE, no trimestre encerrado em fevereiro, a taxa média de desemprego subiu para 8,6%, um crescimento de 0,5% em relação aos três meses imediatamente anteriores.
Ainda que tenha apresentado um crescimento, este foi o menor resultado para o período desde 2015, quando o desemprego estava em 7,5%. O número de cidadãos desocupados também cresceu neste trimestre, chegando a 5,5%, para um total de 9,2 milhões de pessoas em idade de trabalhar, mas sem um emprego.
3. Mercado reage bem à arcabouço e Ibovespa fecha em forte alta
Hoje o mercado continuará de olho nos desdobramentos da nova regra fiscal apresentada por Fernando Haddad nesta quinta. A recepção dos investidores à proposta veio melhor do que era de se esperar e refletiu no desempenho da bolsa e do dólar ontem. O Ibovespa, principal índice da B3, registrou a sua quinta alta seguida, encerrando o pregão com um avanço de 1,89%, a 103.713 pontos.
Esta foi a primeira vez desde o início de janeiro que a bolsa registrou uma sequência positiva desta magnitude. Além disso, a moeda norte-americana oscilou durante o dia inteiro e chegou a bater na mínima de R$ 5,07, mas encerrou o dia com um recuo de 0,74%, sendo negociada a R$ 5,097.
4. Zona do euro tem maior recuo da inflação na história
Nesta manhã, o escritório de estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou os primeiros dados preliminares para a inflação na zona do euro no mês de março. Depois de registrar 8,5% em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) recuou para 6,9% neste mês, ficando abaixo das estimativas do mercado e estabelecendo o maior recuo mensal desde 1991, quando a Eurostat passou a divulgar tais dados.
O principal motivo para o recuo foram os preços de energia, que fecharam mais uma vez em queda. Por outro lado, o núcleo da inflação bateu novamente o recorde, com uma ligeira subida de 5,6% para 5,7% em março, e gerando fortes preocupações em investidores, à medida que o Banco Central Europeu continua elevando os juros para conter esses avanços.
5. Bitcoin registra melhor trimestre em dois anos
O Bitcoin abre o último dia útil da semana oscilando para cima e para baixo. Por volta das 10h a criptomoeda operava com uma leve alta de 0,78%, sendo negociada a US$ 28.252. O desempenho vem na esteira das reações do mercado à melhora no clima da recente crise bancária.
Ainda assim, o Bitcoin fechou os três primeiros meses do ano com uma alta de quase 70%, no melhor desempenho do ativo em mais de dois anos, quando na época subiu cerca de 103% entre janeiro e março de 2021. No início deste ano, a principal criptomoeda do mundo estava sendo negociada a US$ 16.605.