Recorde da Petrobras, PIB brasileiro, inflação na zona do euro e o que movimentará o dia – ESTOA

Recorde da Petrobras, PIB brasileiro, inflação na zona do euro e o que movimentará o dia


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Depois de gerar uma enorme expectativa aos investidores desde o início da temporada de balanços, o mercado deve reagir nesta quinta-feira (2) ao balanço da Petrobras (PETR4), que foi divulgado na noite de ontem, após o encerramento do pregão. As projeções davam conta de que o resultado seria positivo e de certa forma robusto, mas o desempenho da estatal nos últimos três meses do ano foi ainda melhor.

No quarto trimestre de 2022 a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 43,3 bilhões, um aumento de 38% em relação ao mesmo período de 2021. Mas o recorde em si veio no recorte anual. Durante os 12 meses do ano passado, a petrolífera acumulou um lucro líquido de R$ 188,3 bilhões, o maior valor da história no país, superando os R$ 129,1 bilhões da Vale (VALE3) em 2021.


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Além do lucro recorde que foi puxado pela alta do preço do petróleo, que foi comercializado a um preço médio de US$ 101,19 por barril – um aumento de 43% com relação ao ano anterior -, a Petrobras anunciou a distribuição de R$ 35,8 bilhões em dividendos a serem pagos aos acionistas. 

2. MP do novo Bolsa Família será assinada hoje

Além das repercussões do balanço da Petrobras, o dia também será movimentado nos setores político e econômico. Um dos principais fatos desta quinta é a assinatura da medida provisória (MP) do novo Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil) pelo presidente Lula. O evento está programado para acontecer a partir das 11h, em Brasília.

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Para as famílias cadastradas no programa o pagamento será de R$ 600, com possíveis adicionais de R$ 150 para cada criança de até 6 anos e R$ 50 para crianças com mais de 7 anos e jovens com menos de 18. O programa passou por uma revisão nesses primeiros meses, para tirar o benefício de pessoas que não tinham direito a ele. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, 700 mil famílias que estavam de fora vão integrar o novo Bolsa Família.

3. Dados preliminares apontam para leve recuo da inflação na zona do euro

Nesta quinta, a Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia, divulgou novos dados preliminares com relação ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro para o mês de fevereiro. A leitura apontou para um leve recuo da inflação na região em comparação ao último mês, caindo de 8,6% para 8,5%.

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Ainda que os números da Eurostat apontem para mais uma redução dos preços de energia, o núcleo da inflação (que desconsidera preços voláteis como energia, alimentos, bebidas e tabaco) acelerou de 5,3% para 5,6% em fevereiro, causando apreensão de que os temores com relação à inflação estejam longe de acabar.

4. Ibovespa inicia mês em queda, mas deve reagir a balanços nesta quinta

Depois de fechar fevereiro com uma expressiva queda acima dos 7,5% no acumulado, o principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa, encerrou o primeiro pregão de março novamente na descendente, recuando 0,52%, aos 104,384 pontos, puxado principalmente pela queda da Hapvida (HAPV3) que caiu quase 33% após o seu balanço.

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O desempenho da bolsa nesta quinta deve passar justamente pela reação aos balanços de grandes empresas brasileiras, como a Petrobras que só divulgou o seu resultado após o fechamento do mercado ontem, e da Ambev (ABEV3) que publicou o seu balanço nesta manhã com um lucro acima do esperado. Além disso, a bolsa brasileira monitora atividades externas na China e Estados Unidos, principalmente.

5. Brasil registra crescimento de 2,9% da economia em 2022

A manhã também foi de divulgações por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou os resultados finais para o PIB de 2022. As projeções do mercado apontavam para um crescimento econômico de 3%, de acordo com projeções de economistas do mercado financeiro, mas o resultado final foi de 2,9%, fechando o ano em R$ 9,9 trilhões.

Somente no quarto trimestre, a economia recuou -0,2%. De acordo com o último Boletim Focus, esse desempenho anual de longe reflete no que acontecerá neste ano, com as projeções para o final de 2023 se mantendo estáveis na casa dos 0,84%, puxado principalmente pelos juros nas alturas, assim como o aperto no crédito.