Renner (LREN3) aumenta o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP)
Valor a ser pago para seus acionistas foi atualizado, segundo a companhia
As Lojas Renner (LREN3) anunciaram nesta quinta-feira (7) que o valor pago aos seus acionistas foi atualizado com base nas mudanças feitas sobre o Juros sobre Capital Próprio (JCP) da companhia.
Isso fez com que o valor pago pelas suas ações subisse, beneficiando seus investidores.
Dessa forma, o valor agregado a cada ação passou de R$ 0,143910 para R$ 0,144175. Esse valor vai ser repassado aos acionistas com base na posição acionária do dia 22 de março deste ano.
As ações adquiridas a partir do dia 23 de março não terão direito aos dividendos. A companhia repassou a alteração à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A varejista de roupas ainda não confirmou uma data exata para que esses pagamentos ocorram, mas garantiu que eles seriam feitos até dezembro de 2023.
Como o aumento aconteceu
A principal razão em decorrência da alta nos preços de suas ações foi a recompra de 1,8 milhões de ações da empresa.
Na cotação anterior ao ajuste, o valor dessas ações seria de R$ 2.590.380 milhões de reais.
Dessa forma, considerando a sua coleção inteira de ações, excluindo a tesouraria, a companhia chega aos 141 milhões de reais em capital.
Isso porque a companhia dispõe de 981.012.727 ações, das quais estão divididas, sobretudo, entre seus acionistas.
Essa, entretanto, não foi a única ação divulgada pela varejista nesta semana. Antes de comunicar os aumentos, foi dado que a Renner adquiriu nesta segunda-feira (4) uma startup focada em providenciar soluções de logísticas e postais, a Uello.
Seu maior campo de atuação é no estado de São Paulo, porém há planos para sua expansão primeiro em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, e depois à nível nacional.
Futuramente, o plano é transformar a Uello em uma prestadora de serviços à parte, para manter seus clientes, como a Petz e MMartan.
No período de apenas um ano, a chamada logtech registrou 5 milhões de entregas por meio de seus parceiros.
A eficiência de rotas que a companhia apresentou foi um fator decisivo para que a Renner a adquirisse.
O diretor de estratégia e novos negócios da Renner (LREN3), Guilherme Reichmann, afirmou ao Exame que ‘’Sempre dependemos de transportadoras terceirizadas para fazer essa experiência final e agora queremos ter esse controle dentro de casa para garantir velocidade, experiência e eficiência’’.
A varejista adquiriu a companhia por meio de uma de suas subsidiárias, chamada Rlog Investimentos. Seu objetivo é expandir sua área de atuação e melhorar seu sistema logístico, trazendo mais flexibilidade para a Renner (LREN3) atuar no país.
Ainda foi confirmado pelo CEO das Lojas Renner, Fábio Faccio, que esta não seria a única aquisição da companhia nestes próximos anos, e que seria difícil medir a receita potencial para os próximos anos da companhia.
Ela, através de um estudo do mercado e por meio do fundo RX Ventures, prevê a aquisição de empresas que podem otimizar seus departamentos.
Esse fundo possui 155 milhões de reais e o executivo confirmou que, nos próximos 4 anos, até 10 companhias seriam adquiridas para melhorar a atuação de cerca de 600 franquias espalhadas pelo Brasil.
As áreas selecionadas eram e-commerce, marketing, moda, marketplace e logística.
Tendências das ações da Renner (LREN3)
Apesar do aumento das suas ações que chamou atenção de seus investidores, a varejista de roupas não vem tendo um bom histórico em seus preços.
Ela chegou ao fim desta quinta-feira (07), com sua precificação em R$ 26,82. Isso mostra uma decadência de 0,85%.
Em Janeiro deste ano, a empresa chegou a registrar preços abaixo dos R$ 22,00, o que configura uma desvalorização de 37,02% em apenas um ano.
Ainda não há uma razão clara para a desvalorização crescente da companhia, mas apesar do seu histórico, seus acionistas andam confiantes, sobretudo, com o andamento do plano de negócios da empresa.