Santander abre balanços de bancões, expectativas por juros dos EUA e o que mais movimenta o mercado hoje
Investidores ficarão de olho no cenário corporativo e em indicadores econômicos hoje
Nesta quarta-feira (26), os investidores amanhecem com os olhares atentos no cenário corporativo, com a temporada de balanços pegando tração aqui no Brasil, impulsionada pelo Santander e esperam pela definição dos juros nos Estados Unidos. No último pregão, o Ibovespa registrou o seu melhor desempenho diário em quase dois anos.
O avanço de 0,55% fez com que a bolsa de valores brasileira subisse para os 122.008 pontos, o seu melhor desempenho desde agosto de 2021. O ânimo do Ibovespa nesta terça veio após o IBGE divulgar a primeira deflação do IPCA-15 em dez meses.
Confira mais detalhes sobre o desempenho do Ibovespa nesta terça.
2. Santander abre balanço de bancões
Na manhã desta quarta, o Santander Brasil (SANB11) divulgou os seus números referentes ao segundo trimestre do ano. A divulgação do banco marca o início da temporada de balanço dos bancões (cinco maiores bancos tradicionais do país). Os dados reportados pelo Santander apontaram para uma queda de 45% no lucro líquido gerencial recorrente da companhia, para R$ 2,3 bilhões.
Apesar da queda anual, o sexto maior banco do país conseguiu aumentar em 7,9% o seu lucro em relação aos primeiros três meses do ano. O balanço do Santander ainda apontou para um crescimento de 6,3% na margem financeira bruta do banco, para R$ 13,579 bi, além do aumento do patrimônio líquido para R$ 82,9 bi e o total de ativos, que chegou a R$ 1,096 trilhão, crescimento de 11,2% em um ano.
Mercados nesta manhã
– Dow Jones Futuro – 35.578 (-0,08%)
– S&P 500 Futuro – 4.589 (-0,15%)
– Nasdaq Futuro – 15.629 (-0,28%)
– Ibovespa – 122.008 (+0,55%)
– Shanghai – 32.652 (+0,01%)
– Nikkei 225 – 33.193 (+2,02%)
– FTSE 100 – 7.647 (-0,58%)
*Valores consultados às 8h54.
Calendário Econômico
Confira os principais eventos econômicos desta quarta-feira:
Brasil: Transações Correntes e Investimentos Estrangeiro (8h30), Fluxo Cambial Estrangeiro (14h30)
Estados Unidos: Juros e Pedidos de Hipotecas MBA (8h), Índice de Compras (8h), Licenças de Construção (9h), Importações de Petróleo Bruto (11h30), Decisão da Taxa de Juros do Federal Reserve (15h), Coletiva do Fomc (15h30)
China: Lucro Industrial Acumulado/Jun (22h30)
Zona do Euro: Empréstimos ao setor privado (5h), Massa Monetária/Jun (5h)
Balanços: Brasil (Rio Tinto, Santander, Pão de Açúcar e Carrefour), EUA (Meta, Coca-Cola, Deutsche Bank, eBay, Union Pacific e AT&T)
3. FMI eleva projeções para o PIB brasileiro
Nesta terça, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou uma nova edição do seu relatório Panorama Econômico Mundial. De acordo com o órgão, a economia mundial deve ter um ano mais promissor do que era projetado anteriormente. Com um crescimento de 3%, ante os 2,8% apontados em abril.
O FMI ainda projetou um PIB de 2,1% para o Brasil ao final de 2023, um crescimento de 1,2% em relação aos 0,9% estimados pelo órgão na sua última projeção. O aumento fez com que o Brasil liderasse entre os países que sofreram revisões para cima no relatório atual.
A instituição projeta que em 2023, o Brasil terá um PIB mais alto do que grandes potências econômicas como os Estados Unidos (1,8%), países da Zona do Euro (0,9%), Reino Unido (0,4%) e a Alemanha que deve ver a sua economia retrair, com um PIB estimado em -0,3%.
4. Expectativa para os juros nos EUA
O mercado externo passará a maior parte do dia de olho na definição do Federal Reserve em relação à taxa de juros dos EUA. Ainda que a possibilidade de um novo aumento de 0,25 p.p. seja dada como certa, os investidores ficarão atentos a possíveis pistas do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre os próximos passos do banco central.
Um discurso mais cauteloso de Powell na coletiva de imprensa às 15h30 logo após a decisão do Fomc, pode acender ainda mais a possibilidade de um novo aumento até o final do ano. No momento, os investidores acreditam que a nova alta de hoje pode ser a última, com três reuniões ainda por vir em 2023.
5. Bitcoin opera estável pré-Fomc
O Bitcoin amanhece nesta quarta operando de maneira estável, com leves altas e baixas na sua cotação. Às 9h15 a principal criptomoeda do mercado era negociada a US$ 29.179, uma queda de 0,15%. Os investidores esperam pela decisão dos juros norte-americanos para saberem os rumos que o ativo tomará.
O possível aumento de 0,25 ponto percentual deverá mexer novamente com o mercado, depois que o Fed havia optado por manter os juros no mesmo patamar na última reunião, devido a baixa atratividade para os ativos de maior risco.